"Globalização" - Tribo de Jah; vale a pena ouvir atentamente.
Salve, salve; verdadeiros brothers, em alma e essência. Estava pensando sobre o que escrever esta semana, sobre que banda ou artista em especial. De repente, sinto-me sacudido pela vinheta irritante daquele arremedo de programa que insistem em chamar de reality show: o Big Brother Brasil. Entra em cena Pedro Bial. E sinto pena. Sim, pena! Até hoje acho que Pedro Bial cometeu um erro muito grave, desagradou alguém muito importante na “Telona do Plim Plim” pra ser rebaixado de repórter-correspondente internacional, para apresentador de programa de quinta. Não encontro outra explicação!!! O cara cobriu os fatos mais importantes da história mundial, deu várias voltas ao mundo buscando a melhor notícia e hoje... é capaz de nos irritar com “vamos dar uma espiadinha”, “tripulantes da nave mãe” e textos pseudo-filosóficos de uma profundidade capaz de fazer arrancar lágrimas de um crocodilo bêbado.
Os confinados, sacam a todo momento tiradas espetaculares, dignas de uma tese de doutorado que explore a psique humana e qual o maior grau de idiotice, mau-caratismo e babaquice pode uma pessoa alcançar. Ganha o reality (que é roteirizado e ensaiado) quem souber fazer alianças para se manter no “jogo”, criando intrigas, “usando” os outros, transando e “pagando bunda e peitinho”.
Sim, e daí? O que isso tem haver com o reggae? Vou lhe dizer: Tudo!!! Se o povo tivesse acesso à educação, à cultura, a uma vida mais digna; seria mais consciente, politizado, responsável e não deixaria que “atrações” como essa prostituíssem sua mente, apodrecessem seus valores e sujassem seu coração.
Existe um projeto “global” da imbecilização do povo, começando pelas crianças e a juventude. São “desenhos desanimados” que pregam a violência , o “politicamente incorreto” e não tem mais aquela magia de Tom & Jerry, Pica-Pau, Papa-Leguas e Pernalonga; que nos faziam ficar horas diante da TV , rolando no tapete da sala, morrendo de rir.
São músicas que “massacram a gramática” , desvalorizam a mulher, incitam à prática de crimes e a disseminação da brutalidade. São programas que expõem os conflitos familiares e suas feridas de intolerância e preconceito. Jornalismo sensacionalista-sangrento que ganha audiência e sobe no ibope apresentando, como num circo de horrores, degenerados e suas vítimas , jovens, idosos e infantes.
É por isso que eu amo o reggae! Sua mensagem prega a tolerância, a igualdade e a paz. Suas letras nos fazem refletir. Através do reggae se denunciam as mazelas sociais, a corrupção dos governantes, a fome e a miséria. A música de JAH espiritualiza e politiza o povo. Não precisa ser “dotô” pra entender o que o reggae quer dizer. O reggae é matéria obrigatória na faculdade da vida.
A música que nasceu no gueto não prega o “choramingo acomodado”, nem o conformismo e a omissão . Muito pelo contrário, é a voz do levante pacífico mas enérgico, que chega batendo forte e ritimadamente; entrando pelos ouvidos, chegando até a mente, sacudindo o corpo e abalando o espírito; expulsando a imbecilidade e despertando a consciência coerente, fruto da inteligência - aquilo que os seres humanos tem, que JAH deu para usar mas que “alguns” insistem em impedir que seja potencialmente utilizada, mantendo o povo na ignorância para que continuem como cordeiros seguindo o macho dominante à beira do abismo.
Por isso, brothers (no sentido verdadeiro e legítimo, não aquele vilipendiado e vulgarizado pelo mercenarismo dos membros do Big Babaca Brasil), vamos aproveitar “aquele momento que custa a passar” (o que não presta demooooora, né?) para ouvir um bom e verdadeiro reggae, viajar no som e assimilar a sua mensagem. E, quando nos chamarem para assistir esse tipo de “programa”, sejamos fortes, diretos e honestos; vamos encher o peito, levantar a cabeça e, educadamente mas com firmeza, dizer: NÃO! Porque, DROGAS, tô fora!!! Que JAH ilumine sua mente e lhe proteja de toda imbecilidade e idiotice televisiva e musical. Tenham todos um fim de semana incrível e uma nova semana cheia de Saúde e Paz. JAH bless.
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