Renato Rocha - O Drama do baixista do Legião Urbana

Author: Jah Bless /

Renato Rocha, baixista da banda Legião Urbana entre 1984 e 1989, está vivendo como morador de rua no Rio de Janeiro há cinco anos, mostrou uma reportagem do "Domingo Espetacular" exibida nesse domingo (25), na Record. O músico, que participou dos três primeiros discos da banda, foi encontrado pela equipe de reportagem sentado em frente a uma agência bancária. Ele conta que possuía uma residência fixa na cidade, mas foi perdendo dinheiro, uma vez que a renda provinda de direitos autorais não eram o suficiente. Ele, em seguida, foi morar em um hotel e, finalmente, foi parar nas ruas.
O pai do músico, o advogado e sargento aposentado Sebastião Rocha, que mora em Brasília, afirma que não vê o filho há mais de 10 anos. Ele conta que Renato mudou-se da capital brasileira para o Rio de Janeiro nos anos 90, após ser expulso da Legião.
Ele acredita que, após se separar da mulher, o filho entrou em depressão e virou um dependente de drogas. "Ele ficou desgostoso da vida, mesmo dentro da própria família", disse Sebastião. “A gente sempre procurou aconselhar. Ele não é brigado com nenhum dos irmãos e nem comigo também”, acrescentou.
O pai do músico acredita que as drogas foram responsáveis por levar Renato às ruas. Ele planeja, agora, encontrar o filho no Rio, para comprar um imóvel para ele. (fonte: Yahoo/ Domingo Espetacular - "Reportagem da Semana" - Rede Record)

O reggae profético de Nengo Vieira

Author: Jah Bless /


Djalma Ramos Vieira, conhecido como Nengo Vieira, nasceu na Cidade de Cachoeira, situada no recôncavo baiano, lugar onde também nasceu outro grande expoente do reggae nacional, Edson Gomes. A música sempre esteve presente em sua vida e desde cedo passou a tocar em bailes, acompanhando vários artistas a exemplo de Tribo de Jah, Edson Gomes, Lazzo, dentre outros. Junto com a paixão pela música, herdou o amor pelo reggae e adotou o estilo rasta quando conheceu o som de Bob.
Nesta mesma época, passou a usar a ganja. Sua carreira solo “decolou” com o som roots que o consagrou e, tal como Edson Gomes, se apresentava como sua “assinatura musical”. Seu reggae sempre teve uma forte temática religiosa, e como viria a definir mais tarde, “evangelizadora”.
Nengo faz parte da crescente e renovada  galera das artes que converteu-se ao evangelho e, sem abandonar a carreira mas dando à mesma uma repaginada e uma nova roupagem, abraçou uma religião, ingressou em uma igreja e partiu para dar seu testemunho através da música que o consagrou outrora e arrebatou uma legião de fãs, quando ainda era um “pecador inveterado”. O “Nengo”, convertido e pregador,  permanece atento e questionador; sua voz não se calou, nem seu coração mudou o discurso. Ele ainda fala do sofrimento do homem, escravizado e diminuído pelos seus pares; da destruição da natureza, da fome de justiça e da miséria moral.
Nengo é coerente e verdadeiro! Não colocou, simplesmente, uma Bíblia embaixo do braço e saiu por aí alardeando a sua salvação e envaidecendo-se de sua conversão enquanto condenava todos os demais “infiéis” ao fogo eterno. Sua inquietação e seu compromisso já eram sentidos no forte apelo profético de suas letras, desde a primeira banda, “Remanescentes”, lá no início de sua carreira. O “cara” sempre levou a sério a responsabilidade de sua mensagem e, quem antes curtia seu som, não viu sectarismo nem exageros em sua versão “crente”; ele continua sendo a voz dos excluídos e JAH continua sendo o seu ideal.
A conversão do “irmãozinho” deu, com certeza, um upgrade em sua vida e no seu som. O “figuraço” deixou de pitar kaya-erva-danada - e isso, sem dúvida alguma, é massa, tudo de bom, saúde e responsabilidade; provando que pra fazer um bom reggae não precisa jogar fumaça pra dentro da mente, temos sim, que tirar a “fumaça” que embaça a nossa consciência e obstrui a nossa visão do mundo, impedindo-nos de identificar as safadezas, os safados, seus comparsas e seus capachos. Temos sim, que botar pra fora a “fumaça” que nos engasga e emudece, para que possamos gritar, sempre e claro, denunciando as mazelas sociais e suas violências, a corrupção e os seus corruptores.
“Nengo continua sendo Nengo” e JAH continua abençoando seu trabalho e falando através de sua música.  Que Jah abençoe nossa semana e todas as pessoas que amamos. JAH bless.

Sexta é dia de papo com amigos, cerveja e Djambi

Author: Jah Bless /

      Fim de semana especial. Meu “irmãozinho”  TOM MELO, nos pretigiou com sua presença na sexta feira. Foram horas de grande alegria e deleite. Relembramos a época de adolescência, quando tocávamos juntos na banda VINDE E VEDE,  com o também brother, Luiz Henrique, o Lú; meu parceiro em várias músicas. Muitas risadas, cervejão, tira-gostos e um almoço que tive o prazer de levantar cedo pra, eu mesmo, aprontar. Pena que os compromissos do meu amigo não permitiram que ficasse mais tempo conosco.”Beirando às três”, Toninho teve que zarpar mas partiu com a promessa de retorno breve para dar continuidade ao bom papo, tomar mais  umas gelosas e fazer um som. Grande Tom, agradeço a JAH sua participação na minha história. Que nosso futuro seja de muita amizade, alegria, paz, saúde e som. Ah, antes que eu me esqueça, seja também iluminado pelo sorriso de Maria Laura. Inté.


 Agora, falando de reggae...

    Djambi, uma banda pouco conhecida por essas “bandas de cá” mas, sem dúvidas, é uma das maiores representantes do gênero reggae no Brasil. A galera é de Curitiba e eu tive a chance de ouvir pela primeira vez quando comprei uma revistinha massa, CIRCUITO REGGAE, que trazia junto um cd com várias músicas de diversas bandas do Brasil – em especial, do circuito independente; e algumas internacionais. Depois de ouvir, conclui: “A rapaziada manda ver geral!”. É reggae do mais alto nível. Quem ouve se liga e passa a admirar o som da galera.

      Formada por Rodolpho Grani, o ”Xaba” na voz, Marcelo Nassar no baixo, Mauricio Nassar na bateria, Denis Barbosa, o“Magrão” na guitarra, Klaus Cardoso nos teclados, Claudio Peppe na percussão e Neno Silva na guitarra e voz.

     O Djambi ,  é associado diretamente a Ilha do Mel no litoral paranaense; em parte pelo sucesso da música “A Barca”, que serviu pra projetar o nome da banda, nacional e internacionalmente. Djambi vem expandindo suas fronteiras, com competência e merecidamente. Tocou em vários festivais no exterior, a exemplo do SunSplash na Itália, o Reggae Sun Dance na Holanda,o Calliente Festival e o Festival de Montreux na Suíça.

     
Dividiu o palco com grandes nomes como Ziggy Marley, Junior Marvin (ex-The Wailers), Andrew Tosh, Peter Broggs, Toots and The Maytals, Muta Baruka, Julian Marley, Skatalites, Steel Pulse, Mikael Rose, Papa Winnie e Linton Kwesi Johnson. Em 2005, representou o Brasil no “Ano do Brasil na França”, junto com Seu Jorge, Velha Guarda da Portela, Hermeto Pascoal, Marcelo D2, entre outros.

      Pra quem ainda não conhece, DJAMBI é uma grata surpresa, uma iguaria a ser degustada lentamente, permitindo-se que cada sabor se manifeste, individualmente, à medida que se sorve suas melodias harmoniosamente temperadas com suingue e letras fortes. Para quem já ouviu e certamente já é fã; o Djambi se renova a cada audição e sempre surpreende. Sua discografia extensa não se repete, é sempre gratificante ouvir a banda. Eu sempre ouço! E sempre me sinto bem... as vezes pinta uma pontinha de inveja – no bom sentido; tipo... “por que eu não escrevi essa música?” No final, fica aquela sensação massa: “ainda bem que o Djambi existe!” Até semana que vem. Enquanto a próxima sexta não chega, ouçam Djambi, conheçam um pouco mais dessa banda, com certeza vai valer a pena. JAH bless. Saúde e Paz, irmãozinhos.

Reggae x BBB

Author: Jah Bless /

"Globalização" - Tribo de Jah; vale a pena ouvir atentamente.
Salve, salve; verdadeiros brothers, em alma e essência. Estava pensando sobre o que escrever esta semana, sobre que banda ou artista em especial. De repente, sinto-me sacudido pela vinheta irritante daquele arremedo de programa que insistem em chamar de reality show: o Big Brother Brasil. Entra em cena Pedro Bial. E sinto pena. Sim, pena! Até hoje acho que Pedro Bial cometeu um erro muito grave, desagradou alguém muito importante na “Telona do Plim Plim” pra ser rebaixado de repórter-correspondente internacional, para apresentador de programa de quinta. Não encontro outra explicação!!! O cara cobriu os fatos mais importantes da história mundial, deu várias voltas ao mundo buscando a melhor notícia e hoje... é capaz de nos irritar com “vamos dar uma espiadinha”, “tripulantes da nave mãe” e textos pseudo-filosóficos de uma profundidade capaz de fazer arrancar lágrimas de um crocodilo bêbado.
Os confinados, sacam a todo momento tiradas espetaculares, dignas de uma tese de doutorado que explore a psique humana e qual o maior grau de idiotice, mau-caratismo e babaquice pode uma pessoa alcançar. Ganha o reality (que é roteirizado e ensaiado) quem souber fazer alianças para se manter no “jogo”, criando intrigas,  “usando” os outros, transando e “pagando bunda e  peitinho”.
Sim, e daí? O que isso tem haver com o reggae? Vou lhe dizer: Tudo!!! Se o povo tivesse acesso à educação, à cultura, a uma vida mais digna; seria mais consciente, politizado, responsável e não deixaria que “atrações”  como essa  prostituíssem sua mente, apodrecessem seus valores e sujassem seu coração.
Existe um projeto “global” da imbecilização do povo, começando pelas crianças e a juventude. São “desenhos desanimados” que pregam a violência , o “politicamente incorreto” e não tem mais aquela magia de Tom & Jerry, Pica-Pau, Papa-Leguas e Pernalonga; que nos faziam ficar horas diante da TV , rolando no tapete da sala, morrendo de rir.
São músicas que “massacram a gramática” , desvalorizam a mulher, incitam à prática de crimes e a disseminação da brutalidade. São programas que expõem os conflitos familiares e suas feridas  de intolerância e preconceito. Jornalismo sensacionalista-sangrento que ganha audiência e sobe no ibope  apresentando, como num circo de horrores, degenerados e suas vítimas , jovens, idosos e infantes.
É por isso que eu amo o reggae! Sua mensagem prega a tolerância, a igualdade e a paz. Suas letras nos fazem refletir. Através do reggae se denunciam as mazelas sociais, a corrupção dos governantes, a fome e a miséria. A música de JAH espiritualiza e politiza o povo. Não precisa ser “dotô” pra entender o que o reggae quer dizer. O reggae é matéria obrigatória na faculdade da vida.
A  música que nasceu no gueto não prega o  “choramingo acomodado”, nem o conformismo e a omissão . Muito pelo contrário, é a voz do levante pacífico mas enérgico, que chega batendo forte e ritimadamente; entrando pelos ouvidos, chegando até a mente, sacudindo o corpo e abalando o espírito; expulsando a imbecilidade e despertando a consciência coerente, fruto da inteligência - aquilo que os seres humanos tem, que JAH deu para usar mas que “alguns” insistem em impedir que seja  potencialmente utilizada, mantendo o povo na ignorância para que continuem como cordeiros seguindo o macho dominante à beira do abismo.
Por isso, brothers (no sentido verdadeiro e legítimo, não aquele vilipendiado e vulgarizado pelo mercenarismo dos membros do Big Babaca Brasil), vamos aproveitar “aquele momento que custa a passar” (o que não presta demooooora, né?)  para ouvir um bom e verdadeiro reggae, viajar no som e assimilar a sua mensagem. E, quando nos chamarem para assistir esse tipo de “programa”, sejamos fortes, diretos e honestos; vamos encher o peito, levantar a cabeça e, educadamente mas com firmeza, dizer: NÃO! Porque, DROGAS, tô fora!!! Que JAH ilumine sua mente e lhe proteja de toda imbecilidade e idiotice televisiva e musical. Tenham todos um fim de semana incrível e uma nova semana cheia de Saúde e Paz. JAH bless.   

“Vamos falar a verdade pra você!!!” (Cidade Negra)

Author: Jah Bless /




Pois é, esta é a filosofia reggae. Ao contrário do que as cabeças preconceituosas pensam e as línguas ferinas propagam, reggae não é música de drogado, som  de maluco-maconheiro nem de apologia às drogas. Reggae é manifesto, compromisso, denúncia, conscientização. Suas letras  falam das mazelas sociais; dos desmandos políticos e da corrupção reinante – “de quem é a culpa, da miséria do nosso Brasil?” (Filosofia Reggae – “De quem é a culpa”). Já há muito alertam para os problemas ambientais e a degradação da natureza – “Não, não mate as matas; não , não desmate a Mata Atlântica” (Nengo Vieira – “ Mata Atlântica”).
O Reggae aproxima o homem de seu criador: JAH ( JEOVÁ = JAVÉ = DEUS). A temática religiosa sempre está presente, sem afetações e proselitismo, tampouco discurso separatista.  O verdadeiro reggueiro respeita a fé e a crença alheia; não se acha superior a ninguém  mas sabe o seu valor e não se permite ser subjugado, menosprezado e humilhado por quem quer que seja.
O reggueiro ama a natureza; acorda cedo pra ver o sol nascer e se emociona contemplando o pôr-do-sol.  Curte mergulho em rio, banho de cachoeira, caminhada em trilha – “que tal dar um rolé na aldeia, por o pé na areia, que tal mergulhar? Lá tem um rio de águas calmas...” (Tribo do Sol – “Águas Calmas”) e sentar ao redor da fogueirinha, numa noite de luar, com amigos-irmãos  e um violão.
Ser reggueiro é uma atitude que vai muito além de deixar crescer os “dreads” (aquelas tranças) e usar camiseta com a figura de Bob estampada. Sua postura  é pacificadora, sem ser contudo omissa ou inerte. A guerra, pro reggueiro, é uma conseqüência das desigualdades – “Enquanto os irmãos na terra, morrerem de fome e de sede, haverá GUERRA” (WAR – Bob Marley). A voz do reggueiro e a música reggae, são suas armas!.
O reggae é simples em sua essência, profundo em sua mensagem – “Não te trago ouro, porque ele não entra no céu, e nenhuma riqueza desse mundo” (Chimarruts – “Versos Simples”). A justiça é outro tema constante, vezes  abordado como uma utopia, um desejo ardente, algo  “inalcançável” mas insistentemente buscado; outras como a esperança que só encontra arrimo Naquele que é o único capaz de faze-la , verdadeiramente: JAH.
Pois bem: Tem “maconheiro” que curte reggae assim como tem também “cheirador”  que ouve arrocha; ou seja, nem todo reggueiro  é maconheiro; nem todo arrocheiro (será que é assim que se diz?) é cheirador de pó, pô!  Tem sambista que não vive sem sua “gelosa” mas ninguém sai por ai dizendo que todo sambista é cachaceiro. Tem pagodeiro que foi preso sob a acusação de ter envolvimento com a galera do tráfico de drogas e de armas ; nem por isso vamos generalizar e rotular todo pagodeiro é traficante e corno (ops!!!). Enfim, toda forma de preconceito é reprovável e inaceitável.


Vale ainda lembrar que a ganja (ela mesma, a erva) , para o rastafarianismo (religião rasta), tem uma conotação religiosa espiritual e naturalista, não é simplesmente uma "curtição" inconsequente e irresponsável. Bob não fumava tão somente para "curtir um barato".
Assim, se aquele seu amigo gosta de “dar um tapa na pantera” , “pitar um cigarrinho do capeta”, “fazer o cabeção” , pode ser que ele nem goste de reggae, não é mesmo? Então, se ligue: reggae é muito mais que simplesmente um “som de viagem”,  é um estilo de vida – não confundam com uma “vida estilosa” (=simples imagem, estereótipo,desempenho fulgaz de um personagem  que usa   batas coloridas, sandálias de couro, dread, diz que é rasta e pensa que é reggueiro). Reggae é coisa séria! É um “compromisso profético”, que desaloja, inquieta e desata aquele nó na garganta; que te faz gritar, denunciar em alto e bom som, com lirismo e ritmo:”eles herdarão as ruínas, da Babilonia... até o chão fugirá dos seus pés, ruirá com eles a sua grandeza” (Tribo de Jah – “Ruínas da Babilônia”).  Tenham todos uma excelente semana. Paz! JAH bless, sempre.

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