E TUDO COMO ANTES, NO QUARTEL DE ABRANTES...

Author: Jah Bless /




Fim de ano... Passou rápido, né? Zorra nenhuma! Os dias tiveram as mesmas 24 horas, as semanas sete dias e pouquíssimos “feriados prolongados” pra esticar o fim de semana, que por sua vez, continuou sendo só “sábado e domingo”.
Mas essa impressão que muita gente tem – e eu sou uma delas – é explicável, pelo menos acho que encontrei explicação. Cara, você já fez sua “retrospectiva”? Eu digo, “a sua”, não aquela de SÉRGIO CHAPELIN (não é Chapolin)! Então já sacou que nada ou pouquíssima coisa mudou ao longo desse ano com relação aos passados.
Fica aquela sensação de “dêjá vu” , não é? De que as coisas se repetiram monotonamente e aquilo que de diferente ou de novo aconteceu, pode até não valer a pena recordar; é melhor esquecer.
Com um ano “lascado da zorra” onde tudo que se viu foi o aumento da violência e dos requintes de perversidade dos violentos, a impunidade e a chacota dos impunes, a corrupção e miséria crescente que a acompanha, os escândalos e o cinismo dos envolvidos, a arbitrariedade dos “homens da justiça” ,  a inoperância, a cegueira e a mudez da “justiça para os homens”; tudo que a gente mais deseja é que esse ano acabe, rapidinho, rapidinho.
“Porque”  e  “pra que”  ficar prolongando o sofrimento, a angústia, a revolta e a inquietação de ver que, mais uma vez, só nos restou a esperança, e só!
Pra que ficar acordado “esticando o dia” ,  como se ao passar pra madrugada, o novo dia não fosse senão o dia anterior nascendo de novo, adiando o futuro enquanto você não dorme?
Ao contrário, dorme logo, que nem em noite de véspera de Natal.  Quando criança, ia para cama cedo na certeza de que dormindo, logo seria o dia seguinte, aquele do presente esperado, embrulhado em papel colorido, colocado aos pés da cama.
Dorme logo que passa! Assim filosofam as mães, prescrevendo a cura de todas as dores de seus filhos. Dorme logo que passa... Assim foi esse ano. “Dormimos” mais cedo, na esperança de ver tudo de ruim passar. “Lutamos” contra o despertador para não termos que acordar cedo, deixando de lado os sonhos, aquele lugar agradável e seguro de onde a gente reluta em sair.
E o tempo passou... no seu real e único ritmo, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano...  Ficou a sensação de que passou muito rápido mas a verdade é que nós já estamos de “saco cheio” de 2014, a gente sabe que amanhã vai ser igual ou quando muito, ao menos bastante parecido com ontem, ou ainda,  o que é pior, igual como a semana passada, como o mês retrasado, como o começo do ano... e ai, irmãozinho, vai ficar aquela sensação de “parece que foi ontem” ! Lamento informar: foi ontem, sim! Foi ontem como em todos os outros dias que antecederam o dia de ontem. Notícia requentada, reincidência delitiva politicamente cíclica, desavergonhadamente impune no país das maravilhas, dos “sem terra” com carros, dos “sem casa” com apartamentos, dos “sem saúde”, “sem educação”, “sem emprego” mas com “filhos” a dar de pau  alimentados  com a esmola da indolência e do conformismo da bolsa família.
Bem, Natal taí, “na porta”. Eu não acredito em Papai Noel, assim como não acredito em mais uma ruma de outras “coisas” (políticos, crescimento econômico, justiça...) por isso não perco meu tempo colocando meia na lareira – essa zorra existe aqui no Brasil? – nem sapatinho na janela – mesmo porque ladrão não dá mole, né? Como se não bastasse, êiiita “datinha” de proliferação de hipócritas fdp!!! Todo mundo chora com o especial de fim de ano do “plim plim”, canta as músicas do “rei” e sai beijando e abraçando todo mundo que encontra pela frente, desde que esteja cheirosinho e arrumado - ainda não vi ninguém beijando e abraçando o mendigo da esquina (o “homem da lata”, p.ex., quem é de Ilhéus conhece); sem falar no “amigo secreto” que todo mundo já sabe quem é e finge que não.
Por isso acho melhor ir dormir cedo. Me poupo dessa zorra toda  e “passa logo”. Deixe estar que o verdadeiro sentido do Natal não precisa de uma data para gastar o seu décimo terceiro e o comércio faturar mais; JESUS, eis o sentido, já nasceu pra ti quando você veio ao mundo e, mais importante, renasce todo dia por  você, para que sua vida se renove e você aproveite a chance de se tornar um pouco melhor a cada dia.
Por isso, sugiro: Vai dormir que passa!!! Quando você menos esperar já é “ano que vem”. Quem sabe 2015 passe mais devagar e cada dia seja de fato novo, cheio de alegrias, conquistas, vitórias, justiça, saúde, progresso e verdade. Então “dormiremos mais tarde” contando as estrelas e as boas coisas da vida, adiando a chegada do amanhã porque, com medo de ser um sonho, não vamos querer acordar, não vamos querer que passe.
Feliz Natal e esperanças renovadas para 2015!!! JAH bless.

MEUS HEROIS MORRERAM DE OVERDOSE!

Author: Jah Bless /




Grande Cazuza!!! Aqui estou... já passa da meia noite. Alma feliz; cerveja transbordando. Massa demais.
Meu silêncio ao longo de todo esse tempo... Inquietação. Não que eu tenha preferido me calar mas a mudez se fez oportuna para que eu não falasse ou escrevesse algo que se mostrasse tendencioso e manifesto. O que eu quero e o que acho só  a mim alcança.

Agora, já é mais que meia noite, a carruagem voltou a ser abóbora mas a magia não se foi.

Depois de assistir TIM MAIA, JORGE BEN JOR e  CAZUZA, curto e viajo no som do Engenheiros do Hawaii. Confesso: estou literalmente bêbado; mas também embriagado do que de melhor existe em matéria de música.

Ver e ouvir TIM MAIA é sem dúvida uma experiência lúdica; onde todos os sentidos afloram e você se sente transportado para uma outra dimensão... Viagem pura.
CAZUZA!!! É experimentar uma avalanche de sentimentos, fortes e conflitantes, tipo...uma sensação de que existe ‘vida inteligente no rock’n’roll”  e, ao mesmo tempo,  que algo de MUITO GRANDE MORREU, literalmente. Tesão e tristeza.

E o novo show começa... "Jorge da Capadócia", oração musicada, letra que conheço muito bem, proteção invocada com harmonia, SALVE JORGE! General do exército celeste. Protegido e armado com as armas de São Jorge sigo nessa jornada musical combatente de toda  idiotice reinante do cenário musical atual.

Meu brother, Marcão, rendeu-se e declarou-se vencido na disputa de quem tem o fígado mais resistente. Já se foram mais de duas dúzias de latinhas de cerveja... e eu tô aqui, inteiro, preservado pelo “formol” da boa música, relutante em entregar-me “nos braços de Morfeu”, pelo simples fato de não querer deixar de ouvir, viver, viajar e sentir, o que a BOA E VERDADEIRA MÚSICA me proporciona.

Agora tenho medo de dormir e quando acordar, terem ”deletado” todos os arquivos de 14 Bis, Belchior, Camisa de Vênus, Barão Vermelho ... e me ver “órfão” e solitário, perdido, sem referências, “violentado” pelos ouvidos com toda m... que toca pra “encorn(o)ecer” os infelizes, desiludidos amorosos, “arrochados” melodramáticos, f...

Tá rolando Engenheiros... Satisfação pura. Humberto manda super bem, em letra e música. Som feito pra meditar e se elevar. Sinto-me bem, feliz. Ouço “Refrão de Bolero” e chego a conclusão:  nem tudo está perdido... a esperança é a última que morre. Quem tiver ouvidos ouça!!!  Existe VIDA além de toda a imbecilidade musical que insistem em lhe empurra goela (e ouvido) abaixo. RESISTÊNCIA.
Abro mais uma cerveja...  Um brinde à verdadeira arte, um bride à música de verdade.  JAH bless.    


Acabou! Acabou!

Author: Jah Bless /



Finalmente! Estamos livres do ufanismo canarinho, dos filósofos futebolísticos, dos experts em estratégias e táticas para ganhar uma Copa. Graças a Deus, pra quem acredita e respeita, Ele TARDA MAS NÃO FALHA e nesse caso, demorou um tantinho a mais e acabou por levar a crer que “aquilo que chamavam de seleção”, poderia nos surpreender  e sagrar-se campeã. Mas como Ele NÃO FALHA...

“Seleção” significa, escolha, pinçar entre os iguais aqueles que são os melhores. Aqui entre nós, se aqueles são os melhores, não quero conhecer os “mais-ou-menos”  e prefiro nem saber quem são os piores, se é que pode existir algo pior.

Ainda bem que acabou essa zorra que só veio para desviar o olhar das mazelas reiteradas e corriqueiras, entorpecer as mentes incautas e pintar de verde e amarelo o cinza da tristeza que acompanha todos aqueles que sofrem desabrigados pelas enchentes no sul e sedentos por causa da seca do nordeste.

Durante um mês algumas emissoras de TV, rádios e até sites, deixaram de falar sobre os problemas brasileiros que foram, ao longo desse período, varridos para baixo do tapete com o fito de mostrar ao mundo um “país das maravilhas para gringo ver”.

Mas os rios continuaram a subir, levando tudo que encontravam pela frente; casas, sonhos, vidas... Tirando famílias de suas casas, colocando vaca em cima de poste. Os jovens seguiram matando e morrendo; as crianças, as mulheres e os idosos continuaram sendo desrespeitadas em seus direitos mais prementes e básicos; e pasmem, pessoas continuaram morrendo em macas e corredores de hospitais por falta de atendimento médico decente e em virtude do sucateamento da rede hospitalar.

Enquanto tudo isso continuava acontecendo, um “comentaristazinho campeão em antipatia”, reclamava aos berros, externando sua indignação ante a demora de atendimento médico em campo de um jogador de futebol, machucado em uma disputa de bola. Ele não sabe o que é “demora”, ele não precisa do SUS.

Preocupados com as manifestações contra o governo, a gastança desmedida e o superfaturamento de obras mal feitas inacabadas da Copa, cercaram os acessos às praças esportivas, aumentando o efetivo de policiais naquelas áreas enquanto o povo dos bairros e periferias das capitais dos jogos, quedavam-se desprotegidos pelo estado nas mãos de malfeitores que dominaram onde o poder público se fez ausento e inoperante.

Brasileiros choraram compartilhando a “dor” de Neymar  - Oh, tadinho! Ele não ganha tanto para sofrer assim, né? – após ser atingido por uma “entrada maldosa e violenta” que o deixaria fora da Copa mas não menos rico do que quando fora convocado; sem falar que poroutro lado a “fratura” se mostrou oportuna, uma medida salvadora, pois lhe garantiu a isenção de culpa pelo fracasso vindouro.

Enquanto choravam pelo “ídolo” e congestionavam as redes sociais com mensagens de “força, esperança e gratidão”; famílias choravam lágrimas sentidas de uma dor muito mais lancinante e perene, pela morte de seus entes queridos, filhos, esposa, pais, vitimados por uma tragédia anunciada, previsível até, resultante de uma obra mal feita, superfaturada, sem garantias de segurança ante a falta de fiscalização, tal como devem ser as “licitações maracuteadas” , do toma lá da cá, dos favores e favorecidos. Um viaduto caiu e com ele, o “mundo” de muitas pessoas; e quase ninguém chorou por eles, estavam muito absortos velando a dor nas costas do “camisa dez da seleção”.

Que bom que essa competição ridícula, com fins nitidamente eleitoreiros e de encurralamento do povo cabrestado, acabou. Ainda bem que não nos sagramos campões pois o primeiro lugar em uma disputa esportiva não nos moveria para o topo onde se colocam aqueles que, verdadeiramente, são os vencedores por superarem suas deficiências, diferenças e dificuldades; Panteão onde estão e devem permanecer aqueles que promovem a justiça, trabalham para o bem do povo, garantem uma vida digna, com trabalho, saúde, segurança e educação para os seus pares.


Agora que fecharam as cortinas e findou o  “espetáculo”,  é hora de cada um retomar sua realidade, viver a sua vida e sofrer a sua dor. Ah, e não precisa mais chorar por Neymar ou qualquer outro jogador da “seleçãozinha” , nem praguejar contra Felipão pois eles também seguirão seus caminhos, mais ricos do que antes e pouco se lixando para o que você acha ou pensa.  No final, assim como o Carnaval, outras Copas virão e durante um mês tudo de ruim será esquecido, a sujeira irá novamente para debaixo do tapete e o povo brasileiro viverá um sonho de, por um efêmero momento, achar-se superior, acreditando ser o melhor do mundo. Eu amo meu país e me orgulho de ser brasileiro, políticos e jogadores de futebol não me representam pois acredito que  nós somos muito mais que “isso”.  JAH bless. Tenham todos uma excelente semana. Curtam o Mestre Gil, "Nos Barracos da Cidade", atualíssima!!!


Ainda podemos acreditar no futuro.

Author: Jah Bless /



O espaço para a “boa e verdadeira” música ainda existe, Graças a Deus!
Confesso que de uns tempos pra cá vinha perdendo a esperança e até ficando um pouco “rabugento”... musicalmente falando.
Deixei de ouvir rádio, principalmente as FM’s pois de tudo que tocavam, muito pouco agradava aos meus ouvidos e à minha alma. Sim, à ALMA! Afinal, música não é simplesmente um monte de palavras arrumadas em rimas sobre uma melodia. A música é o sentimento em notas e acordes, harmoniosamente executados.
Depois de saber, em rede nacional, os nomes dos vencedores na categoria de melhor cantor e melhor música, pensei que havia perdido de vez toda a noção do que até então eu conhecia como arte e amava como música. Minha revolta veio acompanhada de uma tristeza imensa, quase uma depressão – sem exagero! – achei que não podia existir algo pior. Mas como diz o ditado: o que tá ruim ainda pode piorar. E não é que piorou?! Tome-lhe lepo-lepo e seus desdobramentos com “respostas” de lá e de cá.
Parei, pensei e concluí: é, agora... ferrou de vez!
Posso tá soando preconceituoso e inflexível, afinal gosto não se discute mas, como sempre digo, gosto também é uma questão de oportunidade. Vamos dar um exemplo: a pessoa que só come jiló porque não tem a oportunidade de comer trufas de chocolate, se acostuma com o paladar “amargoso” e desconhece o prazer do “adocicado”. Ele jamais poderá dizer com convicção e justificadamente, que não gosta  de chocolate; afinal, ele nunca provou. Igualmente, tendo como única referência o amargo do jiló, estará fadado a aceita-lo como saboroso, sem paradigmas.
Com a música é a mesma coisa. Quem só ouve axé, pagode, arrocha, sertanejo “fundamental-primário” (pois definí-lo como universitário é um pouco demais, não acham?) e nunca ouviu jazz, rock, blues, chorinho, samba (samba mesmo, de verdade!!!), reggae, mpb... enfim, música de inconteste qualidade, jamais terá um paradigma para decidir o que se lhe apresenta como audível, meditativo, perene, clássico e belo e não saberá distinguir daquilo que não passa de efêmero, vazio, descartável e que, tomando umas cervejas e azarando “as mina” (no “bom” português “dos mano” que assassinam a gramática“) até “dá pra escutar” mas  existe coisa bem melhor pra se ouvir.
Pois é, quando tudo parecia perdido, sintonizei minha tv na rede do “plim-plim” para assistir mais um reality-show musical, aquele das bandas, “tá” sabendo qual é? Pois bem (esqueci o nome da zorra e não “tô” afim de parar pra pesquisar, portanto, sigamos; o que importa é que você sabe do que estou falando), me ajeitei no sofá meio que desconfiado que o sono iria me sequestrar levando-me para os braços de morfeu sem assistir ao programa. No começo, achei que dormir seria inevitável mas, quando já “encolhia as persianas”...despertei de um pulo. Cara, estava rolando rock do bom! A galera foi ao delírio, e eu também.
Já um pouco mais desperto e esperto, segui assistindo e aí, irmãozinho, a zorra pegou fogo de vez. Os jurados não se contiveram, o público foi ao delírio, a contagem disparou e eu me sentir orgulhoso de ver a música que tanto admiro, curto, amo, toco e componho – O REGGAE – no seu lugar de destaque, de onde nunca deveria ter saído. IVETE tentou por longos momentos falar mas a euforia do público e de DINHO (do Capital Inicial) não deixavam. Quando finalmente falou, fez uma declaração de amor verdadeiro ao ritmo jamaicano e à música de JAH.
E como eu estava dizendo, ficou provado que gosto é questão de oportunidade. Deem a chance do povo ouvir a boa música também – não quero que acabe o arrocha, pagode, axé... há lugar pra todos, desde que garantam o lugar também da boa música, a exemplo do rock e do reggae – se o povo provar desse néctar musical, ele vai gostar!
O reggae, através da performance impecável da banda YUTE LIONS ( foi show!!!) mostrou pra mídia, que continua forte e tem lugar garantido nos corações, mentes e programas de rádio e tv, do povo brasileiro.
Pra concluir, ouçam a versão reggae da música Sítio do Pica-Pau Amarelo  e, se restou ainda alguma dúvida acerca do que eu disse... você vai enteder ouvindo, o que eu quis dizer.
JAH bless.

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