Jah Bless no Tengão

Author: Jah Bless /


"Sair pro Reggae". Jah Bless fazendo um somzasso no Tengão. Quem foi, curtiu e ficou fã. Breve mais vídeos e um novo cd pintando na área. Fiquem com JAH. Uma excelente semana pra todos.

OQuadro lança CD oficial na próxima semana

Author: Jah Bless /


“Aos que evoluem”: essa é a chamada verbalizada em uma das músicas, e lema que estampa o primeiro CD oficial da banda ilheense de Hip-Hop, OQuadro. O álbum, homônimo, será lançado na próxima quarta-feira (04), às 20 horas, no Teatro Municipal de Ilhéus.
Gravado nos estúdios da produtora Coaxo do Sapo, mixado e produzido por Buguinha Dub, o CD tem participação de Guilherme Arantes, da Mc paulistana Lurdez da Luz e também do Mc Dimak, tornando este primeiro trabalho ainda mais especial. A capa do CD é assinada pelos conceituados artistas plásticos Izolag e Ananda Nahu, e será distribuído pelo selo Coaxo do Sapo.
A banda é formada pelos “incansáveis garotos do sul da Bahia”: Rans, Jef e Freeza nos vocais; Victor Santana na bateria, o baixista Ricardo Santana, o guitarrista Rodrigo Dalua e Jahgga na percussão. Há quase 15 anos na estrada, o grupo é conhecido pela versatilidade de shows feitos com instrumentos (baixo, bateria, guitarra, percussão e eletrônicos) e, desde o princípio, chamou a atenção pela inovação dos seus arranjos, influências diversas implícitas nos acordes e pelas letras inteligentes.
O disco contém 11 faixas com o melhor de tudo o que já foi produzido pela banda. Temáticas diversas nas composições, letras marcantes, influências da literatura e do cinema, apontam uma forma bem característica de expor a linguagem típica do Rap. Outras presenças rítmicas no álbum vão do Dub, passam pelo Afrobeat e flertam com o Jazz, Rock negro, Samba e Ijexá. Mesclados, tais ritmos constroem a identidade musical peculiar d’OQuadro.
 
A gravação do CD oficial d’OQuadro foi aprovada pelo programa FAZCULTURA e contemplado no edital Conexão Vivo 2011. Ingressos para o show de lançamento a venda na Terral Surf Wear: R$ 20,00 (com CD) e R$ 10,00 (sem CD).
Saiba mais em: http://eusouoquadro.wordpress.com/ (Fonte: www.euvejoarte.blogspot.com)

Extra! Chegou mais um Anjo do Céu.

Author: Jah Bless /


Como costumo dizer , reggae é alegria, é celebração da vida, da nossa condição humana-divina; expressão  de sentimentos puros e verdadeiros. Eis a razão pela qual o ritmo jamaicano não se presta a frivolidades, besteirol e “idiobundices”. 

O mesmo reggae que fala das mazelas sociais, da guerra, de Jah,  da responsabilidade e do compromisso... também fala do amor e da amizade. 

Hoje vou “viajar” e quero levar você a seguir comigo em devaneios de pensamentos que irão buscar lá no fundo de nossa alma, nas esquinas mal iluminadas do nosso pensamento, a lembrança de pessoas que chegaram em nossas vidas para ficar, estabelecendo conosco um estreito e indelével laço de amizade e amor. Seria equivocado e até mesmo arrogante dizer que este precede aquela, ou vice versa.  O mais sensato seria sustentar que estes sentimentos se complementam, e um não sobrevive na ausência do outro.

É assim que para que exista a amizade é preciso que se ame aquele que se chama de amigo. E para se amar alguém, a amizade há de ser robusta e verdadeira; afinal, não se ama o inimigo, não é mesmo?

Sinto-me pois, honrado com todos os amigos que conquistei neste quase meio século de primaveras existenciais, pessoas que ajudaram a construir a minha história, pessoas que amo verdadeiramente, como deve se amar um “verdadeiro” irmão. 

Esta semana um dos meus grandes e verdadeiros amigos, ganhou um presente de Deus - "Um anjo do Céu"; para iluminar mais ainda sua vida e redobrar o sentido de sua musicada existência. Uma princesinha que com seu sorriso chega pra tornar a vida do meu irmãozinho e toda sua família mais feliz ainda.

Portanto, hoje não vou escrever sobre um artista, um reggaeman, uma grande banda. Hoje eu vou escrever sobre a alegria de ter um amigo e de se alegrar com a felicidade daquele que se tem como amigo. 

Hoje eu vou ser breve, quero deixar meu amigo com tempo de sobra pra curtir cada segundo desta merecida felicidade e "corujar" a mais nova "estrela" do pedaço.
 
Grande maestro dos sons da amizade, dos temas de amor e respeito para com seus pares, da orquestra e dos coros das almas sedentas de arte e cultura. Grande amigo-maestro Tom Melo. Marya Lara (é assim que se escreve?) chegou pra mudar o tom (tá valendo o trocadilho), escrever uma nova página na partitura da sinfonia universal. Suas noites  não serão mais as mesmas, irmãozinho! Os acordes da princesa tornarão suas madrugadas mais coloridas e sonoras; talvez, por algum tempo, insones;  mas creia, será “massa de mais" passar em claro momentos em contemplação de mais este maravilhoso presente divino. Parabéns, papai! Saúde e Paz, sempre. Que JAH continue abençoando sua família.

Produção não é pra amadores.

Author: Jah Bless /


(PH,Sérgio Nogueira, Luciano, Luiz Abelha,Herbert, Nado, Zé Roberto e Dill)

Era pra ser um domingo especial, com música “de prima”, um público massa e muita energia positiva. O som tava “calibradíssimo”. Gil Lucas, mais uma vez, mostrou qualidade e competência. O DJ abriu os trabalhos. Mandou bem com um repertório pra galera dançar e teve até espaço pro reggae “turbinado” pelo batidão. Infelizmente, o que era pra ser um evento digno de elogios, sobretudo pela intenção principal de levar a música local, da cena independente, para um maior número de pessoas e coroar o esforço de abnegados, mostrou-se um grande fiasco, de evidente amadorismo.

(Binho "Quizila" e Gil Lucas)

Atrasos e mais atrasos... Não por culpa das bandas, que já estavam no local do evento no horário acertado, com margem de mais de trinta minutos de antecedência. A JAH BLESS, por exemplo, iria se apresentar às 15:30  e já estava local do evento às 14: 30, ou seja, uma hora antes do previsto para sua apresentação.
Quando chegamos (Jah Bless) ao local, a banda “Luiz Bob e os Gonzagas” já estava a postos e o DJ já  despejava suas “pedras”. Enfim, todas as atrações já aguardavam o sinal verde para subir ao palco e mostrar seu som.

Esperamos, Jah Bless e Luiz Bob, mal acomodados – não havia um local reservado para os músicos e sequer nos foi oferecida uma bebida; melhor dizendo, não fomos sequer acomodados. O “produtor” parecia perdido, desnorteado, zonzo em um espaço tão pequeno. Enquanto isso, as bandas esperavam, e só. 

(Herbert, Nado e Luiz Abelha - "Luiz Bob...)

Com duas horas de atraso – o evento estava previsto para começar as 14; Luiz Bobo abriu o  evento, fazendo tudo certo, mostrando o som que os consagrou, tocando o melhor do xote, com toda competência de seus músicos e o melhor repertório do estilo. A galera deu o máximo de si e não desapontou quem lá esteve para curtir  a banda.

E aí é que rola o lance: o público. Cadê o público??? Sem a devida divulgação, as bandas tocaram para um salão praticamente vazio. Ainda bem que a galera que compareceu foi educada e participativa e suou às bicas para manter elevado “o moral” dos músicos, interagindo com respeito, trocando energia e vibrando a cada apresentação.

Inicialmente, as bandas foram avisadas que deveriam tocar uma hora e meia. Todas se prepararam para isso mas outras  “surpresas” ainda estavam por vir. 

 (Thiago, PH, Luciano, Zé Roberto e Dill)

Após o “showzasso” da Luiz Bob, a Jah Bless subiu ao palco e mandou ver seu repertório autoral e hits de nomes do cenário reggae nacional. Com pouco mais de 45 minutos de show, surpresa geral:  o “produtor” simplesmente, sobe ao palco e manda encerrar a apresentação, justificando-se “cansado”  e  que ainda teria que se apresentar a última atração da tarde/noite.

Desce a Jah Bless e sobe ao palco a Ruanda; respeitadíssima pelas suas letras, arranjos e performances de seu vocalista/guitarrista/líder Makell. A banda não desapontou e o público que momentos antes curtira Luiz Bob e Jah Bless, agora viajava com o reggae da Ruanda.

(Makell "Ruanda")

Chega a hora de receber o cachê. Começam a “choradeira” e as desculpas. As bandas exaustas mas realizadas pela qualidade dos shows apresentados, praticamente mendigam uma cerveja e água – que ficou de ser disponibilizada no palco mas que dela não se viu uma só gota, durante todo a apresentação, enquanto nos “desidratávamos” para levar a alegria e a mensagem para nosso respeitável público.

Informe-se ainda que, enquanto desarmávamos o som (não nos foi disponibilizado um rodier sequer !) e liberávamos o palco para a banda que se apresentaria a seguir; o produtor, "inexplicavelmente apressado", talvez por se encontrar "cansado" por carregar o peso da responsabilidade do evento; praticamente "tangia" os músicos para fora do evento, insistindo que o transporte já estava esperando para levá-los embora. Os músicos não tiveram nem o direito de ficar na festa e apreciar a   apresentação seguinte. Ah, e quanto ao cachê...No final, praticamente “pagamos pra tocar”. Lamentável!

 A desorganização foi enorme. O desrespeito da produção do evento para com os músicos também. Graças ao amor pela música e o respeito pelo público, as bandas deram o melhor de si e fizeram sua parte com extremo profissionalismo.

Fica aqui nosso desabafo e a necessária advertência: Quem não souber fazer, aprenda antes de se meter a produzir. Respeitem os músicos e, sobretudo, o público, que não está disposto e não merece,  ver episódios dessa natureza. Produção não é pra amadores. Uma excelente semana para todos. JAH bless.

Ilhéus já teve seu Rei!

Author: Jah Bless /


Já se passaram duas semanas desde a última matéria postada. Durante este tempo me debrucei sobre meus pensamentos e reflexões e experimentei momentos de saudosismo. Vieram-me à mente imagens de outrora que construíram minha história, fragmentos dos meus quase meio século de existência vivida intensamente e feliz.
E , quando a “fita”  passou pela minha adolescência, pirei. De volta ao túnel do tempo me vi nos ensaios da banda Realce, no quartinho dos fundos da casa de Seu Miguel, fiel “cuidador”  da igreja de São Jorge, pai de Luiz “Caveirinha”, tio do nosso brother Makell “ da Ruanda”; ali, ao lado de onde hoje ergue-se majestoso o Edf. São Jorge dos ilhéus. Lá eu ficava horas, ouvindo aquela que sem dúvidas, foi a maior banda de Ilhéus de todos os tempos, sem exagero.
Foi curtindo o Realce que tomei a feliz  decisão de aprender violão, comprar uma guitarra, montar uma banda e deixar a música rolar. Realce... Ninguém entende como uma banda que tinha João Carlos, tio de “Marquito”, no baixo; Quinho na guitarra, Marcelo “Cabelo” no sax, Paulinho, pai de “Canibal” - taí a quem puxou “o fera”; na batera; Luiz “Caveirinha” nos teclados e Reizinho no vocal; não  chegou ao merecido lugar de destaque no cenário musical nacional.
Se bem que naquela época gravar não era algo tão acessível como hoje. Ninguém tinha um “Home Studio”; estamos falando da época das fitas k7 (cassete) e dos “bolachões” – os saudosos discos de vinil. Pois bem, foi nesta época que Ilhéus conheceu sua majestade. A Princesinha do Sul – quando ainda podia assim ser chamada, antes dos reiterados desmandos que a reduziram a uma senhora pobre , esfarrapada e espoliada; tinha seu arauto, propagador de suas belezas, com uma voz inconfundivelmente forte, bonita e  personalíssima. Ilhéus, tinha seu Rei, ou melhor, como carinhosamente era conhecido: REIZINHO.
Infelizmente não se tem muita informação sobre Reizinho, pouco se sabe sobre este personagem marcante da cultura local, desse grande cantor e intérprete. Reizinho cantava bem qualquer estilo, fosse rock, MPB, pop ou reggae. Nacional ou internacional. Seu repertório era vasto e agradava “gregos e troianos”.
Reizinho foi também um marco com seu LP, recheado de belas canções de compositores ilheenses, músicas românticas, verdadeiras declarações de amor por Ilhéus e seu povo;  não faltou, obviamente, o reggae – a sua imagem já fazia natural referência ao estilo do alto dos seus “dois metros e uns tantinhos” e sua cabeleira rasta, um tanto comportada, mas rasta!
Reizinho já não está mais entre nós fisicamente mas sua presença continua sendo sentida através de sua música e sua voz que insiste em evocar o “Infinito”; para onde fora, após ter sua vida brutalmente ceifada.
É... ao longo dessas duas semanas, revirando minhas memórias, me deparei com a feliz lembrança desse “cara” e me perguntei, porque ao invés de falar de um artista distante não escrevo sobre aquele que foi um dos nossos maiores cantores, que encheu de orgulho Ilhéus e que, infelizmente, tal como tantos outros ilustres personagens, com o passar inexorável do tempo e o implacável descaso dos nossos governantes, teve seu nome e sua memória jogada na vala comum do esquecimento?
Me senti assim responsável por fazer a minha parte, reavivando a memória respeitosa daqueles que como eu, tiveram a chance de conhecer “Reizinho” e sua majestosa voz, para que não deixemos seu nome ser esquecido e, por outro lado, também fazer conhecer àqueles que não puderam viver esse pedaço da história; para que tenham do que se orgulhar e saberem que, um dia existiu um “figuraça” que cantava “Interior Ilhéus” como se fosse o hino da cidade  e nos enchia de orgulho; uma época em que nossa cidade era, verdadeiramente, “A Linda Princesa do Sul”; um tempo em que Ilhéus teve um rei, grandioso em sua humildade e no amor pela sua terra, seu povo e sua música. Vivas sejam dadas a Sua Majestade, Reizinho.
Tenham uma excelente semana. Saúde e Paz. JAH bless. 


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