Uma das coisas boas em poder viajar é conhecer novas culturas, novos sons, novos sabores e matizes. Descobri o prazer de viajar e ir cada vez mais longe, graças ao espírito aventureiro e desbravador de minha esposa-companheira-cúmplice. Sua inquietude é surpreendentemente reveladora e foi assim, lançando-me de corpo e alma na aventura maravilhosa e impar de correr o mundo, que conheci vários países do “velho mundo” e suas expoentes, a exemplo de Barcelona, Roma, Gibraltar, Lisboa e Paris. Ah, Paris... Num dia frio, extremamente frio para os nossos padrões de “inverno” – lá era início da Primavera; chegamos hipnotizados pela beleza e atmosfera local.
Paris nos remete ao romance. Sua música, aquela que para nós corresponderia à MPB, é mundiamente conhecida e inconfudível pela sua inconteste beleza, mesmo para o mais neófito dos “cantaroladores” de melodias infantes e simplórias. Assim desembarcamos na “cidade luz”, ouvindo a bela música francesa e degustando seus vinhos e a sua extasiante culinária. Sem dúvidas, Paris, é a “Meca dos sentidos” – aromas, sons, sabores e luzes elevam a alma de quem a visita.
Num de nossos passeios não pude deixar de procurar as casas de instrumentos musicais - a “lojinha de brinquedos” de todo músico; e de CDs. Queria conhecer novidades, novas marcas, novos timbres e comprovar, ou não, se de fato, os preços dos instrumentos eram mais em conta. Confesso que não me surpreendi como esperava ser surpreendido. Surpresa sim, foi descobrir que, mesmo com as facilidades da “pirataria” e de “baixar” músicas na net, ainda existiam lojas de cd!!! E aquela que entrei era muito massa!!!
Adivinhem pra que seção corri ao entrar na loja? Reggae, reggae, reggae; claro! Comecei a “garimpar”, queria algo diferente, algo que nunca tivesse ouvido; alguma coisa que sequer tivesse “ouvido falar”. Queria algo que saísse do lugar comum e se apresentasse como um “achado”, algo que eu pudesse mostrar para um reggueiro tupiniquim e fosse uma grata surpresa, sem deixar de ser inquietante e “abalador”.
Conheci TRYO, banda que a apesar do nome não se resume a três músicos mas sim quatro - Guizmo, Christophe Mali, Manu Eveno e Daniel Bravo; que se multiplicam em infinitas camadas sonoras. Um reggae renovado, acústico , com violões bem executados, tanto melódica quanto percussivamente. Infelizmente não consegui mais informações sobre a banda, pesquisei na net, procurei em catálogos, conversei com “irmãos” e... nada mais além do já sabido. Em alguns momentos cheguei a me sentir um “expert” diante da pouca informação adicional.
Bem, não saber muito não significa saber nada. As vezes o pouco é mais sedutor e envolvente pois nos instiga a querer conhecer mais. É assim que me sinto: instigado a ouvir mais Tryo, conhecer mais o trabalho da banda, achar uns vídeos, conhecer mais músicas dos caras e, curtir mais e mais, deixando-me transportar para as lembranças daqueles dias apaixonantes e inesquecíveis em Paris, quando além do romantismo da sua música – universal e atemporal, dos seus sabores , da companhia maravilhosa da “minha Val”; fui apresentado ao seu reggae... e fiquei apaixonado. É, Paris realmente é mágica, iluminada, saborosa e agora já sei, reggueira, de prima!
Fiquem com JAH. Saúde e Paz, sempre. Uma excelente semana pra todos. Curtam um vídeo "show de bola" pra vocês conhecerem um pouco do Tryo.
http://youtu.be/eHfxLSDhA2g
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