Mais uma noite de muita vibe positiva. O reggae rolou solto e
fez a alegria de quem compareceu pra curtir ENGENHOCA ROOTS e JAH BLESS, na
Casa dos Artistas, dentro da programação consagrada e reedição vitoriosa do “Projeto Sábado Sim”.
Poucos são os espaços e eventos
que abrem as portas para os artistas locais. Pipocam assim, os projetos
individuais dos abnegados músicos regionais, que com luta, parcos recursos de
patrocínios “chorados” e muita
coragem, alugam espaços e produzem seus
shows. É assim com Nozinho “Tim Maia
Cover”, Bebeto, Nego Dumont, Amanda
Andrade, Keketa e outros.
Neste contexto de abandono
cultural, a Casa dos Artistas é uma grata e necessária exceção. A galera sabe
valorizar a “prata da casa” e constantemente
se engaja no movimento da cena independente, dando o apoio à turma do
“bloco do eu sozinho”. Vem sendo assim
ao longo desses anos e, graças a esse pessoal verdadeiramente comprometido com
a cultura e as manifestações artísticas – Elielton “Cabeça”, Romualdo Lisboa,
Ed e Cia; o artista ilheense, sobretudo aquele da cena alternativa e
independente, vem tendo um valioso e valorizado espaço para mostrar seu
trabalho.
Nessa esteira seguiu a JAH BLESS,
que já teve oportunidade de participar de várias apresentações no Teatro Pedro Matos
(Sábado Sim – 2011/2012, Reggae na Casa – 2011) e em frente à mesma, no
Calçadão Jorge Amado (Agosto do Freguês , Reggae Hour).
No último sábado, primeiro SÁBADO
SIM de Agosto – Edição 2012, lá estavam as duas bandas que atualmente fazem a
cabeça da galera reggueira local: Engenhoca Roots e Jah Bless.
A primeira, que conta com o
consagradíssimo compositor, cantor e guitarrista Giorgio Sampaio, autor de
grandes sucessos nas vozes de expoentes do reggae nacional, a exemplo de Diamba
e Adão Negro, fez um “showzasso”. Na
guitarra o excepcional Jenisson “Quati”
dispensa comentários, falar o quanto o cara é fera é “chover no molhado”. A batera foi “pilotada” pelo experiente Wanderson “Desenhado” – o figura mandou bem
com firmeza e precisão.
No contrabaixo Kleber comprovou o
que todos que já tiveram a oportunidade de ouvi-lo, já sabiam: o “figura” toca
muito, de tudo! E no reggae, então... Rolou ainda a participação especialíssima
de Zé Roberto da JAH BLESS, na percussão. O
“irmãozinho sorriso”, esbanjou competência.
No repertório muita “autoral” que
já são sucessos – “Eu Piro Quando Voce passa” e “Loucura Maior”, entre tantas
outras “pedras”. A comunicação do
Giorgio com o público e sua performance em palco merecem destaque. Rolou ainda
a participação de Luciano “Pipo” Cerqueira (Jah Bless) na música “Eu Piro Quando Você Passa”. E a galera pirou!
A Jah Bless chegou com toda
energia que a noite pedia e a moçada presente merecia. O público participou
cantando com a banda o repertório autoral e de covers que foi apresentado ao
longo de uma hora de show.
Dill e PH, baixo e batera da Jah
Bless, respectivamente, deram peso ao groove dos reggaes de letras e harmonias
“pesadas” da banda. Thiago mandou ver com muita competência na guitarra solo
demonstrando um amadurecimento musical e muito feeling. Bases fortes e vocal vigoroso com uma
interação marcante com a platéia pontuaram a performance de Pipo (Luciano). E,
por fim, a grande surpresa e imensa satisfação de ouvir aquele que, com
simplicidade, simpatia e competência, dá
um show na percussão, a todos encantando. Parece que o cara tem oito braços!!!
Zé Roberto abraçou o reggae, abraçou a Jah Bless e, em contrapartida, foi
abraçados pelos reggueiros e pela Famíla Jah Bless.
Um sábado pra ficar na história. Enquanto Moraes Moreira fazia seu “som” na
Soares Lopes, Jah Bless e Engenhoca mandavam ver na “Casa”. E que não venham
dizer que o público foi pequeno! Como
bem disse Giorgio, “vocês (o público)
podem ser pouco, mais são os MELHORES” . Ali esteve a nata dos músicos da
“harmonia de JAH”, a determinação dos “crentes da cultura local” e a energia
dos “reggueiros guerreiros, dreads verdadeiros”. Não podia ser melhor. Salve, salve , o reggae, Engenhoca e Jah
Bless!
Uma feliz semana para todos.
Saúde e Paz. JAH bless.
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