E o ano chega ao fim. Para
alguns, melhor do que o de outrora ; para outros um ano para se esquecer, que
deixa pra traz momentos doloridos e marcados pelo sofrimento. Assim é a vida!
2012 passou como um raio: rápido,
intenso e devastador. Escândalos e mais escândalos sacudiram o “poder” e mostraram pra sociedade, o que todos já
sabiam: os protagonistas podem ser outros mas a roubalheira e o cinismo são os
mesmos; afinal corrupção se aprende na faculdade do poder e é uma matéria que exige aprofundamento e doutorado,
não é pra qualquer “zé mané”!
Vieram as eleições, os “fichas-sujas”,
as promessas, mais corrupção, compra de votos...” tudo como antes no quartel de
Abrantes” . Reprise da mesma novela SEM FINAL FELIZ. The End: e a gente teve que
votar, mesmo contra a vontade – é o que eles chama de “exercício da cidadania e
da democracia”, a renovação esperada não veio e mais uma vez, ficamos com cara
de bobo.
Desastres naturais em todo mundo.
Terremotos, incêndios florestais, tormentas, furacões e tsumanis. Japão e EUA, devastados, reergueram-se com
trabalho e investimento; com respeito aos seus cidadãos e aplicação séria dos
recursos emergenciais. Um ano depois do
tsunami e duas semanas após a passagem do Sandy, Japão e EUA mostravam para o
mundo porque são países desenvolvidos. Enquanto isso no Brasil... a estiagem
continua arrasando o Nordeste e a indústria
da seca prospera às custas do povo ordeiro, sofredor, batalhador e espoliado
pelos poderosos corruptos.
As enchentes seguem devastando
plantações, derrubando casas, arrastando morros e vidas. Todo ano é tudo igual.
Divulga-se a liberação de verbas para dar apoio aos desalojados, para a construção
de casas novas para tirar o povo das encostas e proporcionar-lhe dignidade. A
verba chega e... some. É a “mágica da corrupção” , os Mandraques se
multiplicam, deixando a “plateia de boca aberta e mãos estendidas”.
Foi o ano da proliferação do “inútil,
do besteirol e da imbecilidade”. Há muito não se via tanta idiotice na TV, nas
rádios, nos jornais, nas ruas. O povo anestesiado por mensagens subliminares,
como zumbis seguiam se arrastando ao som
de músicas de “qualidade duvidosa”, com letras vazias e onomatopeias irritantes.
O Brasil, conhecido pela sua musicalidade e riqueza cultural; sua mpb e bossa
nova; Jobim, Gil e Caetano; deixou de
legado em 2012 o “tchu e o tcha” , o “tchetchererê...” e o “melô da margarina” – “Delícia, delícia,
assim você me mata” .
A nível mundial, a dança do “cavalo doido”, daquele japa-coreano-chino-oriental
(desculpe-me a ignorância mas procuro não perder meu tempo com informações
inúteis) explodiu na net e para nosso desespero, passou a ser exibido e
executado à exaustão em tvs e rádios do mundo inteiro.
E o fim do mundo? Ah, esse foi um
capítulo a parte. Teve gente que estocou água e comida, construiu casa à prova
de tsunami e terremotos (?) e se mudou pra “paraísos místico-esotéricos”,
imunes ao Armagedon – o “mundo” iria acabar mas esses “pedacinhos”, não. Incrível!!!
Quem comprou pensando em dar calote se ferrou, pois o tão alardeado fim dos tempos ainda não
foi dessa vez. Agora é correr pra pagar as dívidas e deixar de ser mané, sacaninha.
Foi o ano da violência, dos
crimes hediondos, das chacinas e dos massacres nos colégios americanos. A insegurança foi a tônica. Na guerra entre a
lei e o crime, policiais seguem sendo barbaramente executados e o povo, no meio
do fogo cruzado, atingido por balas perdidas.
Na nossa cidade (Ilhéus) não foi
diferente. Abandonada e espoliada, a “Princesinha do Sul” foi exposta aos
turista e ao seu povo, suja, feia e
fedorenta. As montanhas de lixo passaram
a ser objeto dos “clicks” dos estarrecidos que pensavam encontrar na terra de
Gabriela, no ano do centenário de Jorge Amado, um cenário de beleza que
enchesse os olhos e emocionasse os seus visitantes.
É, 2012 está acabando. Que acabe
logo para que com o ano novo que se aproxima, se renovem as esperanças de que
um ano melhor há de vir e, ao fim de 2013, possamos fazer uma retrospectiva de
fatos que nos alegre e orgulhe. De qualquer modo, não podemos deixar de
agradecer a Deus; afinal, passamos incólumes por toda essa turbulência e vivos
estamos para testemunhar mais esse momento da história.
Que venha 2013; com Paz, Saúde,
Prosperidade, Igualdade, Justiça e Amor. Feliz Ano Novo para todos. Ah, muito
reggae e música de qualidade. JAH bless.