“Acabou, acabou! Acabou! É
campeão, é campeão!!!” Pois é, terminou a “Copa das Confederações” e dessa vez,
nossa seleção fez o dever de casa e conseguiu passar de ano. Torcedores
satisfeitos, Felipão aliviado, Neymar valorizado e os telejornais voltaram a
noticiar os problemas brasileiros.
Em tempos de “Copa” noventa por
cento das manchetes eram dedicadas às seleções, jogos e fuxiquinhos de
bastidores; os outros dez por cento eram sobre as manifestações que tomaram as
ruas do país – inicialmente consideradas pela mídia nacional/global
insignificantes e regionalizadas, subvalorizadas, querendo fazer crer que
tinham por único e inexpressivo foco, míseros R$ 0,20 (vinte centavos) das
tarifas do transportes público.
As manifestações se espalharam por todo o Brasil e mostrou para o mundo e pra todo mundo, que a insatisfação era geral, muito maior que os míseros R$ 0,20 ; eram mais de 20 motivos; eram reivindicações de melhorias na saúde e educação; combate à corrupção e ao preconceito; uma luta pela valorização do cidadão brasileiro.
E aí, não teve jeito: os
telejornais tiveram que noticiar o lado feio e sombrio do país do futebol.
Surgiram os vândalos, aqueles que queimaram e saquearam, promoverma a baderna e
o caos; grupos totalmente dissociados dos manifestantes legítimos e sérios, que
emprestavam seus rostos e vozes aos gritos de todos os outros brasileiros, que
igualmente sofrem com o descaso, o menoscabo e a corrupção daqueles que ocupam
o poder.
Os protesto se disseminaram nas
ruas de várias cidades do país, a cada dia um número gigantesco de pessoas se somava aqueles originários de
outrora, assumindo um montante já incontável de seres iluminados lutando por
tirar o Brasil e seu povo, das trevas de um desgoverno corrupto que leva o país
em desabalada carreira, ladeira abaixo, em direção ao fundo do poço.
E foi assim que o povo, mesmo
aquele que preferiu o confinamento nos estádios de futebol à energia
contagiante das manifestações nas vias públicas, experimentou , de fato, o
poder que tem, com seu grito e sua atitude positiva. Foi assim que projetos
foram votados em tempo recorde, uns aprovados em benefício do povo; outros
rejeitados para o bem da justiça e da verdade. Nunca se viu na história desse
país um Legislativo trabalhar(de verdade) tanto! A voz do povo foi ouvida e nem
mesmo a alegria dos “olés” e os gritos de “é campeão” , foram alto o bastante
para sufocá-la.
Os protestos seguem por todo o
país, ainda há muito o que se conquistar mas o pouco já conseguido já se mostra
suficiente para demonstrar que o povo não se acomoda mais com a política do
“pão e do circo”; inteligentemente, aprendeu a ser sacana com quem por tsnto
tempo lhe sacaneou; o povo agora come
o pão mas não engole a “farofa seca” que eles fizeram pra te engasgar,
o brasileiro mostrou que aprendeu a cuspir fora tudo que é indigesto (corrupção
e seus corruptos, corrompidos e corruptores); quanto ao circo, ele simplesmente assiste, se diverte, ri
(os palhaços agora são os “ outros”, kkk) e depois sai pras ruas,
doido pra ver “o circo pegar fogo”.
Até parece que a galera leu meus
posts (“pão e circo...” – partes I e II) , quem leu e depois viu e viveu todo
esse momento impar e histórico, certamente deve ter pensado: “véi, não é que o cara tava certo!” Pois
é, galera; parece que agora as coisas vão ser diferentes, e pra melhor. Viva a
voz do povo brasileiro! Agora que já sabemos por onde, façamos acontecer pois
como dizia Geraldo Vandré: “Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe
faz a hora, não espera acontecer”.
E pra musicalizar mais este post, que tal conhecermos um pouco da
banda PONTO DE EQUILIBRIO, uma representante autentica do reggae roots, com suas letras fortes, visual dread-rasta,
guitarras percussivas e uma voz inconfundível de seu vocal-lider, HÉLIO BENTES.
Nascida em 1999, em Vila Isabel,
a banda Ponto de Equilíbrio , mantém a formação inicial
com o vocalista Helio Bentes, André Sampaio na guitarra solo e backing vocals,
Lucas Kastrup na bateria, Marcio Sampaio na guitarra rítmica, Pedro “Pedrada”
Caetano no baixo, Tiago Caetano nos Teclados e backing vocals e Marcelo
“Gracia” Campos na percussão. Ponto de Equilíbrio se firmou no cenário reggae
tupiniquim como uma das principais bandas do país. As letras, transmitem
mensagens de igualdade, amor e justiça, de acordo com a filosofia rasta.
O som conta com influências de dub e samba e de alguns ritmos regionais como a capoeira
de Angola, o maculelê e o maracatu. O nome da banda surgiu como o equilíbrio entre o céu e a terra, o positivo e o
negativo, o bem e o mal. É reggae de responsa, verdadeiro em sua essência. É
som pra “viajar” na mensagem.
Que JAH continue a abençoar a
nação brasileira e o seu povo, ordeiro, trabalhador, honesto e musicalmente
feliz. JAH bless.
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