Sigo indignado e indignando-me. Tenho
assistido e ouvido diariamente nos
telejornais e programas de rádio, notícias sobre a situação do nosso país,
nosso estado e nosso município. Parece que estão reprisando!!! È sempre a mesma
coisa: a saúde vai mal, a inflação tá voltando, os índices de violência
continuam aumentando; os “menores” seguem matando, roubando, estuprando e
fazendo pouco caso disso tudo, confiantes na impunidade protetiva da lei – “Eu sou menor, senhor. Tenho só dezessete
anos onze meses e vinte e nove dias”.
São pesquisas divulgadas que servem apenas
para dizer o que já sabemos: mais de cinqüenta por cento dos doentes estão
amontoados em macas espalhadas no chão e corredores dos hospitais; quase
sessenta por cento dos pacientes que procuram os hospitais voltam pra casa sem
ser atendidos ou com diagnósticos falhos ou imprecisos; arrematando, a pesquisa
conclui que o quadro é ainda pior, pois existe um déficit de médicos.
Enquanto isso, o governo, que parece estar
governando em outro país (quem sabe,talvez, a Suíça), pois este
nosso segue “como um caminhão descendo ladeira abaixo, desgovernado e sem freio,carregando na carroceria o povo amontoado”;
insiste dizendo que “nunca se fez tanto pela saúde”, “nunca se fez tanto pela educação”, “nunca se
fez tanto por isso ou por aquilo”. Em uma coisa eu concordo: Nunca se viu
tanta coisa errada, tamanha roubalheira
e corrupção, abandono e descaso para com as necessidades mais básicas do povo.
Os “arautos do poder – papagaios de pirata” apressam-se em defesa dos alcaides e rebatem
os números, que se não existissem, não fariam falta pois não se pode negar o
óbvio nem a realidade que salta a olhos
vistos e sem disfarces. Dizem os “mensageiros das boas novas” que o diabo não é
tão feio como pintam; que tudo está sendo apurado, revisto e em breve, a
solução estará à porta: “importarão” médicos de Cuba, para diminuir o déficit e
solucionarão o problema, como se a culpa fosse da falta de profissionais
nativos qualificados; o que não é verdade!
Médicos
nós temos, muitos e dos melhores!!! Só que eles não querem “sujar” o nome adquirido
com anos de estudo, residências, pós e mestrados, pesquisa e trabalho; em unidades
hospitalares sucateadas, onde falta o “mínimo-básico-necessário” para atender com respeito e dignamente, o
paciente que necessita de seus préstimos. O médico brasileiro, da rede pública,
tem que “se virar nos trinta” , pois só o status de doutor não é o bastante para pagar suas contas e a “merreca” que o
SUS e planos de saúde pagam é
insuficiente para tanto.
Por certo os médicos cubanos devem estar
ávidos por vir trabalhar no Brasil, afinal, com o que devem ganhar em Cuba! –
se é que alguma coisa ganham de fato, se bem que num país moribundo corroído
pela cultura comunista do atraso e da repressão; qualquer um pouco do quase nada
ainda é alguma coisa.
Quanto aos médicos brasileiros... seguem
evoluindo, pesquisando, desenvolvendo técnicas novas, sendo referências em
outros países e contratados por grandes
hospitais e centros de pesquisas no exterior. E vão ficando por lá! Quem não ficaria, não é mesmo? E você deve ficar se perguntando: E o povo?
Ah, o povo segue doente e desassistido, nas filas, nas macas, no chão e
corredores dos hospitais e o que é pior, sem entender “bulhufas” do que lhe
fala um médico cubano – dizem que para
cada médico cubano contratado o governo contratará um tradutor, putz!
Sobre a violência, não se tem muito o que
falar sem se tornar redundante e repetitivo. A realidade é feia e já cheguei a
ouvir alguém dizer que “nem o coisa ruim tem coragem de passear no Rio de Janeiro e
fazer compras em São Paulo”. Tem deputado “gênio” pensando em elaborar uma lei
que proíba o nascimento de crianças – segundo o texto, quem nascesse na
vigência da mesma, já nasceria com dezoito anos, isso para acabar
com os atos de violência praticados por menores e afastar, de uma vez, a idéia
de inoperância e incompetência do Estado de lidar com o assunto. Segundo ele,
seria o fim da impunidade; K – K – K – K !!!
É claro
que a situação e o personagem acima descritos são ficcionais mas, diante da
necessidade recorrente de que se tem de “jogar o lixo pra debaixo do tapete” e
transferir a culpa para o povo, não se espante se isso vier um dia acontecer.
Esse é o pais onde a culpa é do ASSALTADO ; afinal, “quem mandou sair com
jóias, relógio, carro bom, morar em uma casa bonita e sacar dinheiro no caixa
eletrônico??? Otário, você pediu pra ser assaltado!!! É
o país onde a culpa da corrupção é do
povo – “quem mandou eleger um corrupto? Babaca, você acreditou que ele
não ia tomar posse, foi? Dançou, velhinho, pois além existir um lei da
“Ficha Limpa” que não funciona; os condenados por crimes gravíssimos, além de terem suas candidaturas homologadas,
depois de eleitos ainda foram contemplados com cargos no alto escalão e hoje
presidem casas do legislativo e suas comissões.
Esse é o país do FUTURO, um futuro mui
distante, que talvez nem eu nem você chegue a viver e contemplar. De um futuro
tão distante quanto utópico, que nem ao menos sabemos se de fato existirá. Um
país dos valores invertidos, dos modismos e falsas conquistas, do preconceito
velado e da hipocrisia.
E segue o povo anestesiado, sob o efeito do “ópio
da vez”, qual seja: “a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as
Olimpiadas”. Enquanto rolar a “bolinha” o povo esquece o sofrimento, sua meta é o gol
e o único responsável pela sua deplorável situação é o técnico da seleção.
O governo não tem dinheiro pra pagar os médicos do SUS, pra comprar máquinas,
equipamentos e medicamentos para abastecer os hospitais e postos de saúde; não
tem grana pra investir na polícia nem pra melhorar o salário dos policiais; mas
tem bilhões para reformar estádios superfaturados que nem bem foram inaugurados
e já estão com a cobertura desabando com as primeiras chuvas do início do inverno.
E
tome-lhe “pão e circo” para calar o povo e acomodá-lo silente e conformado em
sua condição miserável, como se aquele fugaz momento de êxtase e euforia
(GOOOOOL!!!), um lapso de explosão de contentamento, fosse o suficiente para
apagar toda a dor e angustia que ao
longo de todo o tempo se depositou.
Tá na hora do povo ”engasgar” com o pão e
cuspi-lo de volta na “cara dos caretas” – como dizia Caê; tá na hora de dar as
costas ao circo, e logo! Senão vai
continuar sendo comida de leão e fazendo papel de palhaço pra sacana dar risada.
Por
isso que eu já decidi, vou torcer pro JAPÃO. .
♪♫♪♫♪
Ah, só mais uma coisinha: afinal este é um post sobre reggae (ou pelo menos
deveria, né?) e pra não perder a viagem, vamos curtir um pouco de Groundation
uma renomada banda Californiana que une
características de Jazz e Blues ao Reggae Roots. O nome
"Groundation" vem do esforço para que todas as pessoas atinjam um
mesmo nível, podendo assim educar e aprender uns com aos outros, sem a presença
de uma hierarquia. É pauleira, irmãzinho.
A
banda foi fundada em 1988 por Harrison Stafford, Marcus Urani, e Ryan Newman. No
ano seguinte entraram lançaram o primeiro disco da banda. Em 2001, Stafford
saiu e para seu lugar foi chamado o batera Paul Spina. Atualmente a formação do
Groundation é : Harrison Stafford – vocal, guitarra; Ryan Newman – baixo; Marcus
Urani – teclado; David "Diesel" Chachere – trompete; Kelsey Howard –
trombone; Paul Spina – bateria; Kerry Ann Morgan e Kim Pommell – backing vocals
e Ben Krames – Percussão. (Fonte Wikipedia) . Saúde e Paz. JAH BLESS.
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