Salve,
salve; brothers-soldados do Exército de
Jah; regueiros-guerreiros “de responsa”. Andei sumido nas duas últimas semanas. Compromissos
importantíssimos, festivos, etílicos e gastronômicos, me tiraram de cena,
temporariamente. É... mas serviu para renovar as “baterias”; sublinhe-se que os “feriadões”
serviram também pra seguir curtindo meus cds de reggae; inclusive aqueles que
há muito tempo eu não ouvia.
Falar
de NATIRUTS talvez seja igual a “chover no molhado”; pois quase uma unanimidade
– “quase” porque nem Jesus agradou a
todos, não é mesmo? - até pra aqueles
que não declaram seu amor pelo “som da Jamaica” . Surgida no ano de 1996, em Brasília,
depois do “boom-rock-cultural”, que abalou o cenário musical brasileiro na
dácada de 80, com os expoentes brasilienses CAPITAL INICIAL, LEGIÃO URBANA,
PLEBE RUDE e PARALAMAS (este já com um “pezinho” no ska); NATIRUTS - outrora
Nativus, nome que teve que ser mudado por existir uma outra banda, de música
regional gaúcha, com o mesmo nome; chegou pra ficar, firmando-se como um grande
nome do reggae brasuca.
Seu
idealizador, e principal letrista da banda, Alexandre Carlo, assim como tantos outros; e eu, modestamente, me enquadro neste
exemplo, tinha a música como válvula de escape para extravassar suas emoções,
desestressar, externar suas inquietações, cantar suas alegrias e protestar
contra as mazelas brasileiras.
Alexandre
à época cursava faculdade de análise de sistemas e, sem maiores pretensões,
compunha, por influência, o que mais ouvia e gostava de tocar: o reggae. Aos
poucos amigos foram se “aprochegando” e dando a configuração que conhecemos da
banda daquela época. Por cinco anos – de 1997 a 2002; Natiruts teve “pilotando”
as guitarras, KIKO PERES; seus riffs e solos ficaram “na memória e pra história” do reggae nacional, servindo como uma
assinatura musical da banda, atribuindo-lhe inquestionável identidade.
É do
mesmo período a participação da emblemática ISABELLA, aquela backing-vocal de
voz suave e lírica, com seu cabelo trançado e visual indígena.
Quando
ainda chamava-se Nativus, o grupo vendeu 40 mil discos independentes com o
sucesso da música "Presente de
um beija-flor". Isso chamou a atenção da gravadora EMI e assinaram
contrato com a mesma. A nova edição do disco, “Nativus”, já pela EMI, vendeu 450 mil cópias, um número
espetacular para uma banda de reggae em plagas brasileiras. Depois vieram, POVO
BRASILEIRO, VERBALIZE, QUATRO – último trabalho com o guitarrista Kiko Peres; NOSSA MISSÃO, NATIRUTS REGGAE POWER – CD/DVD
de comemoração os dez anos da banda, marcado pela saída de ISABELLA; um
showzasso, com cd/dvd duplo, grande sucesso de público e crítica, mais um
trabalho que serviu para consolidar a imagem e a carreira da banda.
Já em
2009 a Banda Lançou o CD/DVD “Raçaman” (independente), voltando às raizes,
fazendo aquele som do início da carreira: um reggae mais roots.
Assim,
não se pode falar de reggae sem mencionar NATIRUTS. Sem dúvida uma grande
banda, compromissada com o reggae e sua filosofia. Uma usina de grandes
sucessos, letras marcantes, melodias bem elaboradas; uma galera que sabe o que
faz e faz como poucos. Uma turma que a cada ano que passa nos surpreende com
sua música renovada, de qualidade e que, como um bom vinho, a medida que “envelhece”
fica mais saborosa. Um brinde à NATIRUTS, vida longa ao reggae!!! Saúde e Paz.
JAH bless.