(PH,Sérgio Nogueira, Luciano, Luiz Abelha,Herbert, Nado, Zé Roberto e Dill)
Era pra ser um domingo especial, com música “de prima”, um
público massa e muita energia positiva. O som tava “calibradíssimo”. Gil Lucas,
mais uma vez, mostrou qualidade e competência. O DJ abriu os trabalhos. Mandou
bem com um repertório pra galera dançar e teve até espaço pro reggae
“turbinado” pelo batidão. Infelizmente, o que era pra ser um evento digno de
elogios, sobretudo pela intenção principal de levar a música local, da cena
independente, para um maior número de pessoas e coroar o esforço de abnegados,
mostrou-se um grande fiasco, de evidente amadorismo.
(Binho "Quizila" e Gil Lucas)
Atrasos e mais atrasos... Não por culpa das bandas, que já
estavam no local do evento no horário acertado, com margem de mais de trinta
minutos de antecedência. A JAH BLESS, por exemplo, iria se apresentar às
15:30 e já estava local do evento às 14:
30, ou seja, uma hora antes do previsto para sua apresentação.
Quando chegamos (Jah Bless) ao local, a banda “Luiz Bob e os
Gonzagas” já estava a postos e o DJ já
despejava suas “pedras”. Enfim, todas as atrações já aguardavam o sinal
verde para subir ao palco e mostrar seu som.
Esperamos, Jah Bless e Luiz Bob, mal acomodados – não havia
um local reservado para os músicos e sequer nos foi oferecida uma bebida;
melhor dizendo, não fomos sequer acomodados. O “produtor” parecia perdido,
desnorteado, zonzo em um espaço tão pequeno. Enquanto isso, as bandas esperavam, e
só.
(Herbert, Nado e Luiz Abelha - "Luiz Bob...)
Com duas horas de atraso – o evento estava previsto para
começar as 14; Luiz Bobo abriu o evento, fazendo tudo certo, mostrando o som que os consagrou, tocando o melhor do xote, com toda
competência de seus músicos e o melhor repertório do estilo. A galera deu o
máximo de si e não desapontou quem lá esteve para curtir a banda.
E aí é que rola o lance: o público. Cadê o público??? Sem a
devida divulgação, as bandas tocaram para um salão praticamente vazio. Ainda
bem que a galera que compareceu foi educada e participativa e suou às bicas
para manter elevado “o moral” dos músicos, interagindo com respeito, trocando
energia e vibrando a cada apresentação.
Inicialmente, as bandas foram avisadas que deveriam tocar
uma hora e meia. Todas se prepararam para isso mas outras “surpresas” ainda estavam por vir.
(Thiago, PH, Luciano, Zé Roberto e Dill)
Após o “showzasso” da Luiz Bob, a Jah Bless subiu ao palco e
mandou ver seu repertório autoral e hits de nomes do cenário reggae nacional.
Com pouco mais de 45 minutos de show, surpresa geral: o “produtor” simplesmente, sobe ao palco e
manda encerrar a apresentação, justificando-se “cansado” e que
ainda teria que se apresentar a última atração da tarde/noite.
Desce a Jah Bless e sobe ao palco a Ruanda; respeitadíssima
pelas suas letras, arranjos e performances de seu vocalista/guitarrista/líder
Makell. A banda não desapontou e o público que momentos antes curtira Luiz Bob
e Jah Bless, agora viajava com o reggae da Ruanda.
(Makell "Ruanda")
Chega a hora de receber o cachê. Começam a “choradeira” e as
desculpas. As bandas exaustas mas realizadas pela qualidade dos shows apresentados,
praticamente mendigam uma cerveja e água – que ficou de ser disponibilizada no
palco mas que dela não se viu uma só gota, durante todo a apresentação,
enquanto nos “desidratávamos” para levar a alegria e a mensagem para nosso
respeitável público.
Informe-se ainda que, enquanto desarmávamos o som (não nos foi disponibilizado um rodier sequer !) e liberávamos o palco para a banda que se apresentaria a seguir; o produtor, "inexplicavelmente apressado", talvez por se encontrar "cansado" por carregar o peso da responsabilidade do evento; praticamente "tangia" os músicos para fora do evento, insistindo que o transporte já estava esperando para levá-los embora. Os músicos não tiveram nem o direito de ficar na festa e apreciar a apresentação seguinte. Ah, e quanto ao cachê...No final, praticamente “pagamos pra
tocar”. Lamentável!
A desorganização foi
enorme. O desrespeito da produção do evento para com os músicos também. Graças
ao amor pela música e o respeito pelo público, as bandas deram o melhor de si e
fizeram sua parte com extremo profissionalismo.
Fica aqui nosso desabafo e a necessária advertência: Quem
não souber fazer, aprenda antes de se meter a produzir. Respeitem os músicos e,
sobretudo, o público, que não está disposto e não merece, ver episódios dessa natureza. Produção não é
pra amadores. Uma excelente semana para todos. JAH bless.