Maio, mês das mães e do reggae.

Author: Jah Bless /

Salve, salve, galera reggueira!!! Passei uns tempos sumido. Muitos compromissos, trampo e viagens mas sempre alerta, antenado e com um vontade louca de postar algo, de trazer algumas novas idéias ou, simplesmente, passar pra dizer “alô, como vai você?”.
Ocorre que eu queria dizer algo que servisse para pensar e se alegrar, começar ou terminar uma semana com mais amor e música. Não queria simplesmente “encher lingüiça” ou “encher o saco”. Assim, preferi o silêncio meditativo e inquietação efervescente para, na hora certa, voltar. E é isso: Voltei!!!
Nesse período que estive fora não faltaram novidades, eventos, datas importantes e novos sons, mas dois eventos merecem destaque: o dia do reggae (também data da morte de Bob Marley) e o dia das Mães.
O dia do reggae – 11 de maio; foi lembrado muito timidamente, pelos fãs do ritmo jamaicano, das mensagens de positividade e da música de Jah, nas páginas de algumas redes sociais; fora isso, alguns poucos eventos reverenciaram o reggae e fizeram “shows tributos” a seu ícone mor, Bob. Foi pouco mas quem celebrou, curtiu. Por aqui, na nossa querida Ilhéus, “neca de pitibiriba”. Triste. Continuamos “sentados á beira do caminho” esperando o “boom cultural” prometido, tão esperado e ainda não cumprido.
No dia seguinte, 12 de maio, era chegado o momento de render todas as merecidas homenagens às mães. Pouparei vocês e a mim mesmo, de ter que repetir aqui o significado de SER MÃE (não de uma simples definição) pois quem ainda tem ou  já teve e não tem mais, sabe do valor desse ser na vida da gente.
Contudo, aproveito a oportunidade para dizer que, ser mãe é “muito reggae”! Calma, na moral, sem querer polemizar,vou explicar:
A presença da mãe harmoniza,   embala e  faz feliz, né? A figura materna transmite amor e paz e seu exemplo de abnegação e desprendimento, traduz-se na dualidade congruente, a primeira vista dissonante, da “humildade dos fortes” e da “força incomum dos humildes”.
Ser mãe é um atributo feminino e como tal, consequentemente, ao mesmo tempo  cândido e aguerrido, qualidades próprias do espírito das fêmeas( é assim em casa, com a irmã, a esposa,a mãe).
Assim é a mãe, assim é  a mulher e, bem assim também, o reggae.
O reggae harmoniza, envolve, acalma e faz pensar. O reggueiro não se exalta, é humilde e sabe que a verdade não lhe pertence mas que a mensagem tem que ser passada pois a omissão é uma fraqueza.
O reggueiro tem que ser forte para superar as adversidades pois em JAH  confia e nele se arrima; sua fé livre de preconceitos é a sua  força, tornando o seu caminhar sereno mas determinado e firme.
É claro que SER mãe é algo infinitamente maior que ser reggueiro e maior ainda que o próprio reggae. Tomem esta singela comparação apenas para reforçar nossa mensagem de valorização do ser humano e de suas qualidades pessoais, sem preconceitos, com respeito; e para concluir dizendo: Todo reggueiro tem ou teve uma mãe e muitos filhos, que gostam ou não de reggae, tem mães reggueiras.
E tem mulher e mãe no reggae, sim! Fazendo som de qualidade e mostrando que o terreno não é minado, nem tampouco exclusivo da “turma do Bolinha”. E aquela voz rouca e peculiar que você conhece, de repente é substituída por uma outra suave e quase sussurrante das divas da “música da unificação”. E tome-lhe Chimaruts (Tati, arrasa) e as meninas “fofinhas” da banda Filosofia Reggae, que por falar nisso, a banda que vamos apresentar hoje.


Filosofia Reggae surgiu há 8 anos em São Caetano do Sul, cidade do ABC paulista. Sua trajetória é marcada por uma tragédia e por desentendimentos entre seus membros fundadores. No inicio formavam a banda: Veto (Vocal), Português (Baixo), Sandro (Guitarra), Japonês (Guitarra), André (Bateria) e Wagner (percussão). Logo nos primeiros shows a banda chamou a atenção da cena Reggae na época e essa formação foi se consolidando até que Veto líder da banda, convidou Denise de Paula para dividir os vocais. Logo após a entrada de Denise começam os planos e escolha de repertório para as gravações do primeiro CD. Mas o assassinato de Veto adia esses planos e traz as primeiras mudanças na formação da banda. Da formação original ficam Português, André e Denise e entram Lia (Teclados), Zé (Guitarra) Danusa e Daiane (irmãs de Denise nos Backing vocais). Com essa formação a banda grava o CD “Real Situação”, lançado em 2002. Com o sucesso do “Real Situação” resolvem gravar um CD ao Vivo e registrar a empolgação do publico durante as apresentações da banda e lançam “Filosofia Reggae – Real Situação Ao Vivo” com duas músicas inéditas e 03 clipes. Logo após o lançamento surgem os primeiros desentendimentos pessoais e com isso Português, Lia deixam a banda. Com isso Denise e as irmãs, Danusa e Daiane, assumem o comando da banda com uma filosofia: cantar pra sobreviver e esquecer os problemas.  
A música “Sentimento Bom” executada nas principais Fm’s do Brasil é o hit de maior sucesso da banda. Composta por Danusa a música “Só Pra Alegrar seu Dia” , single do cd homônimo, reafirma a qualidade do som da galera e passa a tocar nos principais programas de reggae do Brasil. Denise vocalista da banda decide seguir seu caminho, vem se somar à banda mais umas das irmãs da brilhante e talentosa Família de Paula, Domenica - backing-vocal da banda, que junto com Dana David e Nina Root’s vem abrilhantar o som dessa Banda, com B maiúsculo.

Parabéns reggueiros, mulheres e mães. E pra comemorar, sobe o som da ” Filosofia”, resultado da operação mulher+mãe+reggae cujo  resultado não poderia ser melhor. Espero que gostem. JAH bless. (Fonte: www.myspace.com/bandafilosofiareggae)

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