Adão Negro

Author: Jah Bless /


Salve, salve, ouvintes-retransmissores da mensagem reggueira de Paz e Vibrações Positivas. “Ói nóis aqui travez”! Quem mandou gostar??? Pois é, sinto-me lisonjeado por saber que as poucas e simples palavras que posto nesta coluna, semanalmente, tem despertado o interesse de tantas pessoas. Sinto-me também feliz em saber que nem tudo está perdido e ainda restam rebeldes-resistentes que  insistem em ouvir e divulgar a boa música.  Não radicalizo, não luto pela extinção das “pragas musicais”, pois respeito o gosto alheio; luto, sim, pela conquista de um espaço para a boa música, banida das mídias pela visão meramente mercadológica dos empresários. Prego uma convivência pacífica entre o bom e o mau gosto; afinal o que é de mau gosto para mim pode não ser para outra pessoa.  Pode até ser que o mau gosto seja meu!!!  Putz, cansei. Mas vamos encerra a verborragia músico-estética-filosófica (gostaram?) e vamos direto ao que interessa: reggae!!!  Hoje resolvi  falar de uma galera super conhecida: Adão Negro .
A banda foi fundada em 1996 e pouco tempo depois, em meados de 1998, gravou seu primeiro disco, “ADÃO NEGRO”, lançado somente dois anos depois - 2000.  O “Adâo” é o exemplo vivo e indisfarçável de que, para as bandas emergentes, independentes e sem grandes recursos disponíveis para divulgação; a pirataria pode ser uma “mão na roda” , aquele “empurrãozinho” que tava faltando. Foi assim com a banda, segundo eles mesmos reconheceram. As cópias dos CDs feitas pelos piratas, rapidamente ganharam as ruas do país e chegaram às mãos dos amantes do reggae. Como se não bastasse, o registro desautorizado de um show  realizado no Clube Costa Verde, para um público de 25 (vinte e cinco) MIL pessoas, transformou-se em peça de colecionador (eu tenho) e serviu para conquistar mais fãs. Com este cd-piratão, o “Adão” passou a ser conhecido NACIONALMENTE e a partir daí, sua legião de admiradores não parou de crescer.
A “responsa” da banda é inquestionável. Os caras já tocaram em todos os cantos do nosso Brasil e dividiram palco com ícones do cenário musical nacional, a exemplo de PLANET HEMP, NATIRUTS, CAPITAL INICIAL ... e, grandes nome do reggae mundial, entre eles: ISRAEL VIBRATION, LUCKY DUBE  e ALPHA BLONDY.
EM 2010, o “Adão” mandou bem de novo. Lançou o álbum “ MAIS FORTE” e, inovando com coragem, disponibilizou o cd, integralmente  - inclusive capa e contracapa; em seu site , para quem quisesse baixá-lo, gratuitamente. Resultado: “MAIS FORTE” é simplesmente, massa!!! Daqueles CDs que você ouve, gosta de cara, ouve de novo, gosta ainda mais e... ouve mais uma vez para enfim concluir: “tô viciado nesse som, irmão”. Não bastasse ser “de grátis”, a zôrra é boa mesmo!  A gente percebe que  banda amadureceu, fugiu dos clichês e deixou claro que tem muito ainda a dizer, sem se repetir.
Eu sou fã do “Adão”. Agora, se você ainda não conhece o trabalho dos manos , não perca mais tempo. Dá uma chegada no site da galera, http://www.adaonegro.com.br/ , conheça um pouco mais da história da banda, confira as fotos e baixe, para o seu deleite, o cd “MAIS FORTE”, gratuitamente. Se depois disso você não passar a ser fã da galera... Não desista, procure os outros CDs da “turma” , peça emprestado – mas depois não “esqueça” de devolver. ADÃO NEGRO faz bem à alma e aos ouvidos, é reggae da melhor qualidade e além do mais é DA BAHIA, É DO BRASIL.  Tenham todos um excelente fim de semana, com muito reggae e alegria. Aproveitem e curtam essa viagem que é a música "Honey" - cd "Mais Forte"; lindíssima, poesia pura. Que JAH continue  nos abençoando. JAH BLESS, SEMPRE!

Aracajú: praia, sol e cerveja

Author: Jah Bless /

Segunda-feira de Carnaval. Sol maravilhoso. Se preparando para sair, tomar uma cervejinha, comer um tira-gosto, nesta cidade maravilhosa: Aracajú. Aqui nem parece carnaval; Aracajú já teve seu momento "momesco", o famoso pré-cajú. Vale a pena conhecer a capital sergipana; a gente se sente em casa. O tränsito nem parece de uma capital; a orla sempre "lotada" ; a noite própria para o "agito". Tudo muito organizado, limpo e bonito. Ah, como eu gbostaria que Ilhéus imitasse um pouquinho Aracajú. Imitar o belo e o direito, náo é pecado, "é gosto"!!!
Nesses dias que passo por aqui, sinto falta apenas dos "chegados". A galera da banda, a família, os  amigos, todos os que ficaram na terrinha. Pra todos voces, que ficaram, não fiquem tristes, a gente volta em breve pra fazer nossas festas, celebrar nossa amizade, curtir nosso churrasco e fazer nosso som. Wenderson - afilhado desnaturado; Waderson-guru da banda; Dill-brother caçula; Thiago-sacaninha e PH-o cara mais sério da banda; "tamo"chegando!!! Vamos trabalhar  o  novo "reggae da Jah Bless", fazer som e celebrar nossa amizade. Enquanto isso... Vou deixar voces com um pouco de inveja. Aracajú: sol, praia e cerveja.

Carnaval, reggae e Aracajú.

Author: Jah Bless /


Salve, salve... reggaeiros-brothers-amigos-carnavalescos. 04 horas da madruga, aqui estou, em Aracaju, na varanda do apê de Marcão e Karol. Ele se despediu há pouco, não "guentou" o tranco, depois de muitas cervejas e doses de whisky. Ele prometeu uma "revanche" mas acho que não fala sério. Sigo assistindo "LEGEND", um vídeo clássico para quem quer conhecer um pouco mais da história do grande "profeta" e "guerreiro do terceiro mundo", Bob Marley. A cada dia que passa me convenço de que "o cara" era realmente especial. Sua mensagem é atual e sua música um instrumento de libertação da mente. Bob não tinha vaidade e o sucesso não era sua meta. Bob tinha um ideal e foi fiel a ele até o fim. Sua roupa rasgada e puída,  nos mostra que a casca é frágil e  insignificante, a mensagem é o que existe de real e inestimável valor. Distante dos acordes momescos e suas insignificâncias - perdoem-me os foliões que fazem do carnaval sua religião; não os condeno pois vejo na alegria do reinado de Momo a "anestesia" das dores cotidianas (o ópio do povo); o momento em que todos são iguais, ricos e felizes...mesmo que por poucos dias - deleito-me com o reggae e sua mensagem de amor, tolerância e paz. Ouvindo reggae me convenço de que não podemos mais adiar o que se nos apresenta urgente e clama por uma resposta sem rodeios e dissimulações. Temos que levantar, abandonar o comodismo, gritar, transformar, "colocar nossa gota para apagar o incêndio" da destruição moral e ética da sociedade. Podemos comemorar a "lei da ficha limpa" mas a responsabilidade de jogar o que é "sujo, imoral e degradante" na lata do lixo é nossa. Já são quase 05 horas da manhã, continuo assitindo Bob, sem sono, tomando uma cerveja e deixando o tempo passar... Sinto falta de meu violão... "Não sou o anjo da morte, sou a criança da vida" (Bob Marley).

"Sábado Sim" - A noite do Reggae - Parte 2

Author: Jah Bless /

                                     
Jah Bless:  Dill,Thiago,Wenderson, Luciano, Waderson e PH

A banda Jah Bless, segunda a se apresentar, já encontrou a galera “fervendo”, depois do showzasso da QUIZILA. Subiu ao palco às 21:30 horas e mandou ver no repertório escolhido “a dedo” para a ocasião. A abertura ficou a cargo da já tradicional “Comece por Voce”, que ganhou uma roupagem nova, arpejada no baixo poderoso do “menino” Dill. A galera curtiu a performance e aplaudiu calorosamente quando a música chegou ao fim.
A banda, que ao longo de uma década vem produzindo material autoral e já gravou quatro CDs, “acertou a mão” com a atual formação. Tocando juntos há mais de um ano; Luciano (Pipo) – compositor, guitarra e vocal; Wenderson e Waderson (gêmeos) – percussão e backing vocal; Anderson (Dill) – baixo; Thiago (Pantufa) – guitarra solo, e Pedro Henrique (PH) – bateria, demonstram entrosamento e sobretudo, amor à música e ao reggae.
O clima é de descontração, sem negligenciar na execução do repertório. Podemos traduzir o reggae da Jah Bless em uma palavra: identidade. Suas letras são fortes. Entre uma estrofe e outra, swingada pela pegada inconfundível do ritmo jamaicano , surgem harmonias pesadas, com pitadas de rock´n´roll, “gritadas” pelas notas distorcidas despejadas pelos solos da guitarra de Thiago. O público é tomado por uma agradável surpresa; a adrenalina se eleva, os decibéis sobem... A viagem já começou.

“Pagar pra Ver”, “Pra Bom Entendedor” e “Abra a Cabeça”,fazem o clima esquentar. O calor que já era forte, agora está, literalmente, derrentendo platéia e músicos – eu perdi 2 (dois) quilos! Pena que no dia seguinte achei de novo, num prato de feijoada pra repor as energias. Tudo faz parte da festa e ninguém reclama; afinal, o reggae “tá rolando” e é de qualidade!
Teve também o momento light, pra refrescar sem dar refresco; e a galera pode curtir o alto astral e irreverência do “Reggae na Cadeia”, música que virou videoclipe produzido e filmado pela Mondrongo, que teve direito a lançamento no dia 08 (quarta) na programação do CINECLUBE, em frente à “Casa”; disponibilizado no Youtube e com muitos acessos ao longo desses três meses de postado.
Momento especial e de grata surpresa aconteceu durante a execução da música “Eu piro quando voce passa” , hit da banda Diamba; quando subiu ao palco para cantar, Georgio Sampaio, compositor e vocalista da “Engenhoca Roots”, autor da música que além de ter sido sucesso na voz de Duda (Eduardo Sepulveda) do Diamba, foi também gravada por Durval Lélis do Asa de Águia. Georgio deu show, acompanhado pela Jah Bless e o coro afinado da galera.
Infelizmente, não temos registro em vídeo dessa parceria mas o momento ficou marcado na mente de todos que estavam lá. Ficou a lembrança e, igualmente, a esperança de em outra oportunidade esse encontro se repetir.
Mais de uma hora de show e Jah Bless se despede mas a galera não arreda o pé e pede bis. A banda, feliz com a aceitação do público, volta para atender ao pedido do público. Encharcados de suor, lavados dos pés à cabeça; os músicos da Jah Bless estão, também, de “alma lavada”, leves e realizados. A satisfação de terem feito mais um show pra ficar na memória, tocado com paixão e amor à música; passado sua mensagem e conquistado novos fãs.
 Jah Bless ainda tem muito o que mostrar – afinal não é qualquer banda independente que tem um material tão farto e autoral. Felizes daqueles que ouvirem a sua palavra  musicada e assimilarem a mensagem. Salve, “reggueiros guerreiros”, que depois daquele “Sábado, Sim” puderam  voltar pra casa saciados do mais puro e belo reggae. Salve, Quizila. Salve, Jah Bless. Saúde e Paz, para um mundo melhor e mais feliz.


"Sábado Sim" - A noite do Reggae - Parte I

Author: Jah Bless /


Noite de sábado, último sábado de janeiro, do ano que os “profetas do apocalipse” trombeteiam o fim dos tempos...  28 de janeiro de 2012, noite de “SÁBADO SIM SIM” – durante todos os sábados do mês, bandas dos mais variados estilos e tendências da cena independente passaram pelo palco da Casa dos Artistas, para deleite de um público ávido e seleto, que busca o que de melhor pode proporcionar aos seus ouvidos e mentes exigentes.
Foi a noite do reggae. Noite caliente, em todos os sentidos: público bonito e participativo, sonzasso “no talo” e com qualidade – graças a Cabeça (Improviso Nordestino) e Binho (Quizila), que suaram “bicas” para proporcionar a equalização massa ; e um calor “da zôrra”! – sem querer exagerar, acho que o termômetro bateu os 40!!! Com tudo isso, só faltavam as bandas.
qui.zi.la : aversão espontânea, irracional, gratuita por (alguém ou algo); antipatia, inimizade,sensação de impaciência; aborrecimento,conflito de interesses; briga, rixa, pendência. O significado da palavra não corresponde a essencia da banda, ao menos que se queira transmitir com sua tradução a aversão e a antipatia contra o marasmo e a pobreza musical; a briga com a imbecilidade das letras chôcas e o conflito de interesses com os empresários e produtores que só visam o lucro fácil e preferem investir em “bandinhas-bundinhas-de bundões", de qualidade duvidosa  e que nos enervam com suas harmonias desarmonicamente toscas.Pensado bem... em sendo assim, QUIZILA tem tudo a ver.

Casa dos Artistas, 20 horas. A galera passa, para, olha o cartaz –  que ficou “show de bola”;  e entra. Vai começar o som. Quizila é a primeira tocar. Entrou em cena as 20:30 e mandou ver, com qualidade e responsa. No repertório músicas próprias e até uma releitura de um clássico retrô dancing. O carisma e a força vocal de Fabrício impressiona; a galera canta junto e vibra com a performance desse figuraço.
Binho executa com competência as bases e solos de guitarra, sua presença em palco inspira respeito. Matheus “Theu” Vasconcelos e Rogério “Sekão”, são a cozinha da  banda, respectivamente, baixo e batera; porrada pura! Nos teclados, Luiz “Snake”  não decepciona; ele tem bagagem e experiência de longas datas, inclusive participou da formação da banda JONAS E A BALEIA, projeto  nascedouro da atual JAH BLESS.
Não podia dar errado, e não deu! Concorrendo com IVETE no Centro de Convenções e um show gospel , “de grátis” , na Soares Lopes; o projeto “Sábado Sim” cumpriu com seu objetivo: proporcionar música de qualidade e divulgar os nomes de artistas regionais. Infelizmente, persiste o mesmo choramingo: Falta de apoio, patrocínio, compromisso.
Não é fácil  carregar  nos ombros  a responsabilidade de  mostrar ao povo que a arte ainda vive e sobrevive graças a iniciativas como estas, da galera da “Casa”, da turma do Teatro Popular – premiadíssimo; da trupe da Cia Casa Aberta de Teatro,  que corre atrás de um sonho e sabe “sonhar grande”; das nossas bandas – “Improviso” , “Luiz Bob” , “Jah Bless”...; nossos músicos – Amanda Andrade, Ivan Moraes, Nozinho “Tim Maia” ... ; poetas, trovadores e atores.
Quizila chegou, tocou e deu seu recado. Valeu cada minuto do show, cada centavo da entrada, cada acorde tocado, cada gota de suor derramado. O pagamento veio sob a forma mais valiosa para o artista: o reconhecimento de seu público, o aplauso, o pedido de “bis”. IVETE pode ter tido o maior público mas o “Sábado Sim” teve o mais “positivo”, mais forte, mais verdadeiro.
21:30 – Quizila encerra sua participação. Chegou a vez da banda JAH BLESS subir no palco... mas isso a gente conta na matéria da próxima semana.  JAH bless.

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